Botswana vinga-se da África do Sul e Zâmbia cruza com Zimbabwe nas “meias”

A selecção do Botswana entrou para história ao vencer na lotaria das grandes penalidades, a sua congénere da África do Sul por 4-5, em desafio referente aos quartos-de-final, da Taça COSAFA, depois do empate a duas bolas nos 90 minutos. Com este resultado, as “Zebras” irão jogar as meias-finais, nesta quarta-feira com o já apurado Lesotho.

O desafio terá lugar no Moses Mabhida  Stadium, pelas 17:00 horas. A anteceder este jogo, ainda no mesmo recinto, o Zimbabwe terá pela frente o vice-campeão, Zâmbia, pelas 19:30 horas. Os Zambianos afastaram hoje o Malawi, por 4-2, no  das grandes penalidades após o empate no tempo regulamentar. Os “Flames” marcaram o golo mais rápido da prova a passagem do segundo minuto da primeira etapa, por intermédio de Gabadinho Mhango, sendo que o segundo foi marcado por Gerald Phiri (51’). Os golos da Zâmbia foram marcados por  Austin Muwowo (57’) e Emmanuel Chabula a um minuto do fim dos 90 minutos.

Já o anfitrião, na qualidade dos derrotados nos “quartos” irá medir forças com o Uganda, esta que perdeu ontem por 3-2, diante do Lesotho na marcação de grandes penalidades, enquanto que as Comores irão defrontar o Malawi .

Estas equipas irão disputar o Plate Competition, que é um cruzamento entre as quatro equipas que são eliminadas nos quartos -de-final, que são colocadas a jogar uma meia-final e uma final.

Factos entre as equipas (África do Sul-Botswana)

Contrariamente ao que aconteceu em 2015 no primeiro desafio do dia, em que sul-africanos e twanas terminaram os noventa minutos com nulo, nesta edição ambas terminaram empatadas por duas bolas. Isso obrigou com que o resultado final fosse sentenciado aos penalties.

Já na lotaria das grandes penalidades, os tswanas levaram a melhor sobre os pupilos de Shakes Matshaba, já que depois de um empate na primeira série houve necessidade de uma segunda, que possibilitou que o Botswana ganhasse por 7-6.

No rescaldo dos confrontos existente entre as duas selecções, das oito ocasiões em que se cruzaram, os “Bafana Bafana venceram cinco (sem derrotas), empataram três (3) e somam um total de 11 golos marcados, enquanto que o Botswana conta apenas com três. Hoje, que por sinal é o nono encontro entre os dois conjuntos, abriu-se uma nova página no que ao confronto entre si diz respeito, pois esta foi a primeiro sabor à derrota qua a nação arco-íris conhece nesta prova.

No ano passado (2018) em Polokwane, a Selecção da África do Sul conseguiu salvar a sua honra ao vencer a sua similar do Botswana por 3-0, em partida referente a atribuição do quinto e sexto lugar, na final das equipas derrotadas nos quartos-de-final, onde ocuparam a quinta posição seguidos pelos até então  treinados de David Brigth, o polémico técnico do Botswana.

Por três ocasiões as “Zebras” foram semifinalistas (2006, 2008 e 2015) e alcançaram os quartos-de-final em cinco edições, sendo que no ano passado, estes estiveram isentos da fase de grupos por conta do seu bom desempenho.

Bafana Bafana voltam a desiludir…

No primeiro jogo dos quartos-de-final, a anfitriã África do Sul, que como era de esperar arrastou muito público para o campo, também viu-se e desejou-se para fazer frente à brava turma do Botswana, apesar do aparente equilíbrio verificado em todo o jogo.

Quis uma vez mais o destino fazer das suas. Como já havíamos referenciado na antevisão deste jogo que a luta seria disputada até as últimas consequências. Os eternos rivais reencontraram-se pela nona vez. Muito contacto físico, muita ansiedade, muito estudo mútuo, muito pragmatismo e golos. Este foi o cenário que caracterizou a primeira parte.

Uma assistência perfeita de Teboho Mokoena, meio-campista a serviço do SeperSport United, da África do Sul permitiu com que a África do Sul chegasse ao golo a passagem do minuto 18. Luther Singh respondeu positivamente ao passe do seu colega marcando o golo. Uma explosão de alegria tomou conta das bancadas do Princess Magogo que foi inundado pelos adeptos da equipa selecção sul-africana.

Os treinados de David Notoane, da África do Sul precisaram apenas de 10 minutos para voltar a estar a frente do marcador. Grant Margeman, numa execução individual desmontou a defensiva tsuana, marcando o segundo para a equipa caseira quando estavam jogados 20 minutos. A promissora selecção olímpica sul-africana conservou a vantagem até o intervalo.

Lebogang Ditsele foi quem relançou o jogo ao apontar o golo do empate para as “Zebras”- nome de guerra do Botswana- quando haviam transcorridos 60 minutos.

Com a pressão a recair sobre si, a África do Sul teve de sair da sua zona de conforto a aplicar-se a fundo, mas com o nervos a flor da pele, os “Bafana Bafana” passaram a ser menos certeiros nos passes e a cometer algumas faltas.

A crença aliada a pressão exercida pelo Botswana fez com que a equipa levasse o jogo a decisão das marcas das grandes penalidades, após Thatayaone Ditlhokwe ter marcado o golo do empate no segundo dos três minutos de compensação  atribuídos pelo juiz moçambicano Celso Alvação. Na cobrança, o Botswana levou a melhor e acabou se qualificando para as meias-finais à custa do seu maior carrasco de sempre. 5-4, foi o resultado final.