“Zebras” atropelam Maurícias e estão nos quartos-de-final

A selecção do Botswana medirá forças, este domingo diante da sua congénere do Zimbabwe, em desafio referente aos quartos-de-final do Torneio da Taça COSAFA, que este ano decorre na província sul-africana de Limpopo, e conta pela primeira vez na história desta prova com a participação dos 14 países membros do Conselho das Associações de Futebol da África Austral (COSAFA).

Para lograr tal feito, as “Zebras”, nome de guerra da equipa do Botswana vencera as Maurícias por 4-0, no jogo referente a terceira e última jornada do Grupo “B”, por descomunais 6-0. Este conjunto terminou a fase de grupos com um total de sete pontos, frutos de duas vitórias e um empate. Sendo até aqui o resultado mais expressivo do torneio.

Angola que ainda tinha algum resquício de esperança na passagem para os quartos-de-final voltou a ficar por terra após empatar sem golos diante da sua similar do Malawi, esta que apenas cumpria o calendário uma vez que já havia sido afastada da corrida a conquista do almejado troféu.

Amanhã (sábado), dia reservado aos jogos dos quartos-de-final, a Zâmbia que também esteve isenta da fase de grupos jogará diante da Namíbia, no New Peter Mokaba, pelas 15:00 horas locais. Ainda no mesmo local, as selecções do Lesotho e da Suazilândia digladiarão quando forem 17:30 horas locais.

BOTSWANA DEMOLIDOR

Galvanizados com a anterior vitória tida a custa do Malawi, esta que viu gorada a possibilidade de transitar para a fase seguinte, os treinados de David Bright, técnico do Botswana conseguiram amealhar três preciosos pontos que conferiram inspiração que lhes garantiu segurança para a transição a fase seguinte.

Quando o público procurava acomodar-se nos bancos, a selecção do Botswana já havia abanado as rédeas contrárias quando estavam apenas jogados dois minutos da contenda. Onkabetse Makgantai, que já conta com dois golos na conta pessoal foi o autor moral do tento tsuana numa jogada envolvente.

Perante a inoperância dos treinados de Francisco Filho, técnico brasileiro a serviço das Maurícias, as “Zebras” mostraram-se impiedosas perante as facilidades que a equipa adversária mostrava. Karabo Phiri faz o 2-0 a passagem do minuto 16.

Ficava claro que o caminho para a vitória estava fácil, pois o atacante Thayaone Kgamanyane não desperdiçou a oportunidade que teve a sua mercê apontando o terceiro golo para a sua equipa quando estavam jogados 20 minutos. Era um verdadeiro filme de terror no Old Peter Mokaba. Para não variar, seis minutos depois Kabelo Sekanyeng, deixa a sua marca apontando o quarto golo. As duas equipas recolheram aos balneários com a vantagem a favorecer a Botswana.

No reatamento o festival de golos não parou, a passagem do minuto 55 Tshepo Maikano dilata o marcador apontando o quinto golo. Agonizados e despidos de ideias, os ilhéus limitavam-se apenas a correr a atrás da bola sem iniciativas de jogo. Para agravar a situação, Tshepo Maikano marca o sexto e o último golo dando fim o pesadelo que se vivia no Old Peter Mokaba.

Por três ocasiões as “Zebras” foram semifinalistas (2006, 2008 e 2015) e alcançaram os quartos-de-final em cinco edições, sendo que no ano passado, estes estiveram isentos da fase de grupos por conta do seu bom desempenho.

Nas participações (13) até aqui registadas, as Maurícias conseguiram apenas chegar aos quartos-de-final por duas ocasiões, a primeira em 2001 e a segunda em 2004. No seu historial na COSAFA os ilhéus conseguiram alcançar uma vitória expressiva diante da sua congénere das Seychelles por 4-0, no dia 19 de Julho de 2008. Facto curioso é que em Julho de 2013 as Seychelles fizeram a desforra goleando os seus vizinhos por contundentes 7-0.

ANGOLA VOLTA A DESILUDIR

Jogando apenas para cumprir o calendário, o Malawi que já não tinha nenhuma aspiração foi a equipa que decidiu tomar as rédeas de jogo perante uma angola que teimava em apresentar os problemas de costume. A equipa do sérvio Srdjan Vasiljevic não conseguia construir jogadas elaboradas que pudessem levar algum perigo a baliza contrária. Apenas o inconformismo do capitão Wilson Macamo se fazia sentir nas suas esporádicas incursões que este empreendia na procura pelo.

Quem também mostrou-se perdulário foi a selecção do Malawi a avaliar pelas golos que ficou por marcar, ao não aproveitar sabiamente as fragilidades defensivas do lado angolano. Robin Ngalande, a serviço do Ajax Cape Town era o rosto visível da ineficácia.

Foi com a mesma toda de jogo

Com três títulos na sua colecção os “Palancas Negras” foram finalistas vencidos por duas vezes (2000 e 2005). O resultado mais expressivo que os angolanos já conseguiram no torneio da COSAFA, foi diante da Suazilândia, ao vencer por 7 -1, em Abril de 2000. Em 2016, os angolanos tiveram a sua pior prestação tendo sofrido uma derrota por 3-0, diante do Lesotho. Lembrar que em 40 partidas até aqui disputadas os angolanos somaram um total de 16 vitórias, 11 derrotas e 13 empates.

Das 13 participações que o Malawi esteve envolvido na Taça COSAFA CASTLE, o máximo que conseguiu foi chegar a uma meia-final em 2001. No único confronto até aqui existente, o Malawi saiu triunfante após vencer as Maurícias por 1-0, com o golo a ser apontado por Gabeya. Este desafio teve lugar em Windhoek, Namíbia no dia 14 de Junho de 2016.

No que a COSAFA CUP diz respeito a maior vitória tida foi com Botswana em que venceu por 1-4, a 1 de Março de 1997 e a segunda diante da Angola, por 3-0, esta a 12 de Junho de 2016 na Namíbia. A sua pior derrota neste torneio foi contra a Zâmbia, em que os malauianos sucumbiram por claros 4-0.

O jogo de má memória até aqui registado pelo Malawi data de 15 de Outubro de 1962, quando estes foram trucidados pela selecção ganesa por contundentes 12-0, isto em partidas de carácter particular.