Zâmbia e Lesotho qualificam-se para as “meias”

A selecção da Zâmbia foi a primeira a qualificar-se para as meias-finais da Taça CCOSAFA, ao vencer a sua similar da Namíbia por 4-3, na lotaria de grandes penalidades depois de o resultado ter terminado a zero no tempo regulamentar. Este cenário acaba sendo a reedição do que aconteceu em 2016, em as duas equipas só decidiram a passagem para as “meias” através de grandes penalidades. Desta vez, a sorte sorriu para a Zâmbia que conseguiu quebrar o enguiço que existia no seio da sua selecção.

Com zero a zero ao fim dos 90 minutos, no recurso às grandes penalidades para desempatar o jogo e decidir quem seguiria para as meias-finais, a Namíbia viu-se pequena demais para superar os zambianos que venceram essa grande lotaria por 4-3, para desilusão dos “Brave Warriors”, que não conseguiram converter em golo duas!

Deste modo, a Zâmbia aguarda pelo vencedor do jogo entre a África do Sul e Madagáscar que sairá amanhã, à semelhança do Lesotho que venceu hoje a similar da Suazilândia por 1-0,e que conhecerá o seu adversário no desafio que envolverá as selecções do Zimbabwe e Botswana. Estes desafios terão lugar amanhã no New Peter Mokaba.

A Namíbia sempre foi um adversário de má memória para os zambianos. No seu histórico, estes contam com uma vitória, três empates e uma derrota. Aliás, na edição passada os “Chipolopolos” ainda carregam o “trauma” da derrota tida em Rustenburg, curiosamente nos quartos-de-final, na qual a Namíbia esteve isenta da fase grupos tendo esta feito jus de tal distinção vencendo categoricamente por 1-0.

Lembrar que em 2016 a Zâmbia também teve o mesmo azar nos quartos-de-final, ao encontrar uma Namíbia que justificou por que razão é também chamada de “Brave Warriors”, discutindo o jogo sem vacilar. Sem conseguir vencer no tempo regulamentar, os namibianos mostraram-se superiores aos então campeões em título, vencendo por 5-4 aos penáltis.

Na verdade é uma história carregada de muita cumplicidade, facto curioso é que das cinco partidas até aqui disputadas ambas tem os mesmos números de golos marcados (3), assim como nas vitórias e empates respectivamente (1 e 3).

A Namíbia que conta com um troféu conquistado em 2016 depois de vencer na final a sua congénere moçambicana por 3-0, conta com três vitórias no rescaldo da sua participação na COSAFA CUP. A primeira foi conseguida em 1997, ao bater o Malawi por 4-1, curiosamente a 21 de Maio de 2015 os namibianos venceram pelo mesmo resultado o Zimbabwe. A sua pior derrota neste evento aconteceu em 1998 frente ao Zimbabwe por 5-2.

Nervosismo e apreensão

Como era de esperar as duas equipas entraram em campo dando o melhor de si para seguir em frete. Contudo, ambas jogavam no limite do erro e pressas aos sistemas tácticos algo que de certa forma tornou o jogo monótono.

Transcorridos trinta minutos de jogo, a Zâmbia foi a equipa mais vezes procurou chegar a baliza contrária, mas a cortina defensiva montada pelos treinados de Ricardo Mannetti, técnico da Namíbia não facilitava a vida dos “Chipolopolos”. Com o golo a teimar surgir, as duas equipas foram ao intervalo com o placard  a registar o zero a zero.

No reatamento, a equipa de Beston Chambeshi, treinador da Zâmbia, regressou mais acutilante obrigando o seu adversário a jogar no reduto mais recuado. A passagem do minuto 53, Clatous Chama obrigou Maximilian, guarda-redes da Namíbia a ter que fazer uma defesa apertada depois de um petardo desferido a meio da rua. Estava lançado o aviso a navegação.

Cinco minutos depois, o meio-campista John Chingandu, esteve próximo de marcar depois de falhar escandalosamente frente-a-frente com o guardião namibiano. Uma situação similar registou-se no minuto 71, desta vez com Lazarous Kambole. A Namíbia reagiu nos minutos 80 e 89, mas conseguir visar a baliza. Ficava claro que o resultado seria decidido na lotaria das grandes penalidades tal como aconteceu em 2016.

Perdedores voltam a jogar

De acordo com o formato da competição, as quatro equipas que perderam nos quartos-de-final devem jogar entre si para o apuramento da 5ª,6ª,7ª e 8ª selecção na hierarquia da premiação, pelo que na terça-feira teremos as meias-finais entre essas equipas, cuja final será na sexta-feira 08 de Junho de 2018.

Deste modo, a Namíbia jogará com o derrotado que sairá do jogo entre África do Sul e Madagáscar enquanto que o adversário da Suazilândia será conhecido no jogo entre o Zimbabwe e Botswana agendado para amanhã, no New Peter Mokaba, pelas 17:30 horas locais.

Esta ideia foi introduzida em 2013, na edição acolhida pela Zâmbia, tendo sido Moçambique o vencedor, ou seja, a melhor posicionada entre os eliminados.

Segundo a organização o objectivo é de dar a oportunidade de fazer mais jogos às equipas eliminadas nos quartos-de-final, que doutro modo fariam um jogo e regressariam à proveniência. Uma inovação de aplaudir, até porque o espírito que norteou a criação da Taça COSAFA é mesmo dar rodagem internacional às selecções, preferencialmente compostas por jogadores que buscam experiência internacional.

Lesotho afasta Suazilândia

Lesotho e Suazilândia, equipas que ao longo dos tempos vem registando progressos assinaláveis, provaram em campo o porquê de estarem isentos da fase de grupo. Ambas proporcionaram ao público presente uma partida bastante disputada e dinâmica faltando apenas os golos na primeira etapa.

Só na segunda etapa é que surgiram os golos. A Suazilândia que dispôs de inúmeras situações flagrantes de golos não aproveitadas, viu a sua baliza a ser violada a passagem do minuto 70 por Sera Motebang

Nos dois confrontos havidos entre as duas selecções, no que a COSAFA diz respeito, ambas tem apenas o registo de uma vitória para cada. Em 2013, em Lusaka o Lesotho levou de vencida a Suazilândia por 2-0, e foi curiosamente pelo mesmo resultado que a Suazilândia fez sucumbir os basothoscom os golos de Sibandze e Mkhotfo. A maior vitória alguma vez o Leostho impôs a Suazilândia foi de 5-0, em desafios de carácter particular.

Lembrar que no ano passado a Suazilândia foi afastada dos quartos-de-final pelo Zimbabwe por 2-1, depois de ter estado a vencer até aos 47 minutos. A bravura dos suazis fez com que estes acreditassem tendo chegado ao empate no minuto 48 por intermédio de Felix Badenhorst (47’). Os representantes da terra da sua Majestade Rei Mswati que chegaram a disputar a meia-final entre os perdedores dos quartos-de-final perderam para a Namíbia por 1-0.