Moçambique cercado por Ilhas na COSAFA

A selecção moçambicana de futebol defronta a sua congénere de Madagáscar a 27 de Maio próximo, em jogo que marca a estreia da equipa moçambicana na 18ª edição do torneio da Taça Castle Cosafa, agendado para a província sul-africana de Limpopo até 9 de Junho. Comores e Seychelles, também Ilhas do Índico, completam o leque de adversários de Moçambique no grupo-A.

Quis o destino que sorteio realizado, na província de Limpopo, África do Sul, que Moçambique calhasse num grupo (A) composto apenas por países insulares, designadamente: Madagáscar, Ilhas Comores e Seychelles.

A selecção de honras fará o jogo de estreia diante de Madagáscar, um adversário de má memória para Moçambique pelo menos nesta prova. Recorde-se que a equipa de Abel Xavier, técnico nacional sofreu uma pesada derrota (4-1) diante deste adversário na edição passada deste torneio realizada na cidade de Rustenburg, África do Sul.

O anterior confronto entre estes dois conjuntos na Cosafa aconteceu em 2004 numa partida em que o ex-capitão dos Mambas, Tico Tico apontou os dois golos da vitória de Moçambique.

Quando tudo indicava que a esperança de se qualificar para os quartos-de-final seria uma certeza após o combinado nacional ter vencido as Seychelles por duas bolas sem resposta naquela que foi a segunda jornada do Grupo “B”.  Na verdade era o início de um pesadelo. Moçambique que entrou para última jornada com igual com os mesmos pontos que o Zimbabwe (quatro) precisava apenas de vencer a Madagáscar na última jornada com uma margem expressiva de golos, uma vez que o seu adversário estava em vantagem no “goal average”. Porém, tal facto não aconteceu, pois os “Mambas” acabaram por sofrer uma pesada derrota diante da equipa malgaxe que soube aproveitar as inúmeras falhas defensivas consentidas pela equipa moçambicana.

Em 2017 o conjunto moçambicano terminou a sua curta odisseia nesta competição com um total de três pontos frutos de uma vitória, um empate e duas derrotas e que foi a segunda equipa com mais golos sofridos (5), perdendo para as Seychelles que somaram 8.

Facto curioso é que foi com este mesmo adversário que Moçambique viu gorada a possibilidade de marcar a sua presença no Campeonato Africano para jogadores que que militam nos seus países de origem (CHAN). A equipa de todos nós perdeu a eliminatória com um agregado de 4-2, visto que no jogo da primeira mão perdeu em Maputo por 2-0, tendo na segunda empatado fora de portas por 2-2.

Frisar que em 42 jogos disputados Moçambique conseguiu obter 14 vitórias,9 empates e 19 derrotas. Nesse percurso a formação moçambicana apontou um total de 42 golos sendo até a aqui a única equipa com mais golos sofridos (58) desde a altura em que o torneio foi .

SEYCHELLES O ÚLTIMO ADVERSÁRIO NA FASE DE GRUPOS

Moçambique efectuará o jogo da segunda jornada medido forças com as Comores, que por sinal será o primeiro confronto entre os dois conjuntos e curiosamente a terceira participação dos insulares nesta prova. Aliás, a 18ª edição da Taça COSAFA promete trazer muitas surpresas! Pela primeira vez na história desta competição, os 14 membros que compõem o bloco do Conselho das Associações de Futebol da África Austral (COSAFA) disputarão a luta pela almejado troféu.

Os treinados de Abel Xavier encerram a fase de grupos medindo forças com as Seychelles no dia 31 de Maio, quando forem 17:00 horas no Seshego Stadium. integrados no mesmo grupo (B) no ano passado, Moçambique levou de vencida esta formação por 2-1. Stélio (47’) e João (69’) foram os autores dos golos da vitória da turma moçambicana. Este será o segundo confronto entre estes conjuntos nesta competição.

Caso Moçambique se apure para os quartos de final, ou seja, caso se classifique em primeiro lugar no Grupo “A”, deverá jogar, no dia 3 de Junho, com a África do Sul (isenta de participar na fase de grupos), enquanto o vencedor do Grupo “B” joga no mesmo dia com o detentor do título Zimbabwe.

Como vem sendo prática nas últimas edições, os derrotados dos quartos-de-final ainda terão a possibilidade de fazer mais jogos, para o alinhamento da classificação final.