Depois de a cidade do North West Province, em Rustenburg, África do Sul ter vivido momentos emotivos durante duas semanas com a realização da 17ª edição da Taça COSAFA CASTLE, eis que chegou a hora de dar lugar aos mais novos! De 21 a 30 Julho as Ilhas Maurícias irão parar literalmente para a acolher a mais uma edição do Torneio da COSAFA ao nível dos sub-17. É o momento de as pequenas estrelas terem a oportunidade de mostrarem o seu talento e o que valem, nesta que é a “verdadeira fábrica de lendas”.
Os 20 anos de existência da COSAFA reflectem o esforço e o empenho abnegado que a organização tem levado a cabo ao longo destes anos para valorizar o trabalho dos técnicos dando-lhes a oportunidade de projectarem os vários talentos que daqui despontam transformando-se depois em verdadeiras lendas do futebol africano e não só.
Pela segunda vez consecutiva, Port Louis, capital das Ilhas Maurícias acolherá este torneio que já é aguardado com enorme expectativa. O Estádio St Francois Xavier e o campo MFA Technical Centre, serão os palcos onde durante duas semanas as oito nações africanas que marcam presença neste evento irão travar batalhas titânicas para levar consigo o almejado troféu.
Esta tudo a postos para o arranque da festa. O escalonamento dos grupos já é conhecido, as Maurícias, Zimbabwe, Botswana, e Malawi pertencem ao grupo “A”, sendo que o grupo “B” é composto pelas selecções da África do Sul, Moçambique, Zâmbia e Madagáscar.
As equipas irão disputar entre si a fase de grupos donde sairão os dois melhores classificados de cada, que depois farão os jogos das meias-finais no dia 28 de Julho. Os vencedores disputarão no dia 30 do mesmo mês, no Estádio St Francois Xavier a final que deverá acontecer as 15:00 horas locais. O jogo para a atribuição de terceiro e quarto lugar está marcado para o dia 28 de Julho e envolverá os perdedores das meias-finais.
África do sul e Moçambique estreiam esta sexta-feira
A África do Sul fará o jogo de abertura diante de Moçambique iniciando desta forma a corrida pelo título. Os sul-africanos que no ano passado terminaram a fase de grupos em pleno tendo vencido os três jogos saldaram um total de nove pontos seguidos da Namíbia com seis. Recorde-se que foi com este adversário que a equipa sul-africana perdeu na final no desempate das grandes penalidades por 1-3, depois de um empate a uma bola no período regulamentar. Quiçá que este seja o ano da desforra para os representantes do país do arco-íris que viram o título a escapar das suas mãos.
Molefi Ntseki, técnico da equipa dos Bafana Bafana juniores assumiu a Reportagem da COSAFA que o torneio é uma antecâmera para a preparação para a eliminatórias de acesso ao Campeonato Africano da modalidade, mas sem descurar a conquista da Taça.
Apesar de não ter participado no ano passado por questões meramente burocráticas, Moçambique que também tem uma palavra a dizer neste torneio entrará na máxima força para não deixar os seus créditos em mãos alheias e resgatar a sua identidade ganhadora. Lembre-se que no seu histórico os moçambicanos terão em 1994 chegado a final tendo perdido diante da África por 2-1, consolando-se com a medalha e prata. Será de certeza o momento para o acerto de contas!
A Zâmbia que foi desqualificada no ano passado por ter utilizado atletas com idades superiores a 17 anos, encontrará pela sua frente a Madagáscar, esta última que também tem vindo a demonstrar crescimento exponencial ao nível da formação. Este desafio realizar-se-á no Estádio St Francois Xavier quando forem 15:30 horas locais.
Limpar a sua imagem e ganhar jogos com verdade desportiva constitui um dos objectivos traçados pelo colectivo zambiano.
Como forma de desencorajar actos que em nada dignificam o futebol, a COSAFA apertou o cerco tendo obrigado que os atletas zambianos efectuassem testes de ressonância magnética para apurar a veracidade da idade dos jogadores. Contudo, a Zâmbia à semelhança de outras selecções, a Zâmbia é apontada como sendo uma das principais favoritas a conquista da Taça.
Zimbabwe só entra em cena no sábado
O grupo “B” entra em acção no sábado com Botswana a jogar com o Malawi, este último que no ano passado perdeu nas meias-finais diante da Namíbia por 5-6, no desempate das grandes penalidade depois de o resultado ter empatado a uma bola no tempo regulamentar. Aliás, o Malawi viria a ficar com a medalha de bronze depois de conquistar a terceira posição no torneio a custa de uma vitória obtida frente ao Kenya por 2-0, no jogo referente a atribuição de terceiro e quarto lugar.
Os anfitriões que na edição anterior terminaram a fase de grupos na terceira posição da tabela classificativa do grupo “B”, com três pontos quererão de certeza animar o seu público e deixar o troféu em seu terreno. Para tal, os insulares terão que na primeira jornada afastar do seu caminho a “poderosa” selecção do Zimbabwe e depois vencer os restantes adversários do grupo. Tarefa que não será nada fácil tendo em conta que os adversário que terá que enfrentar.
O vencedor desta competição ainda é uma incógnita, os dados estão lançados. Que vença o melhor!
Dados principais das Maurícias
Maurícias, oficialmente República da Maurícia ou República de Maurício, é um país insular do oceano Índico, constituído pelas ilhas Mascarenhas orientais: ilha Maurícia, ilha Rodrigues e por dois arquipélagos mais a norte: as ilhas Cargados Carajos e Agalega. A Maurícia disputa ainda com Madagáscar e a França a ilha de Tromelin. Está localizada a cerca de 800 km a leste da ilha de Madagáscar e os seus vizinhos mais próximos são a oeste, e as Seicheles, a norte. A capital é Port Louis.
A ilha foi descoberta pelos portugueses, em 1505. Foi primeiro colonizada pelos holandeses, em 1638, e nomeada em honra ao príncipe Maurício de Nassau. Os franceses controlaram a ilha durante o século XVIII e a renomearam para Ilha de França (Îlle de France). A ilha foi tomada pelos britânicos em 1814, que restauraram seu nome anterior.
O país tem cerca de 1,3 milhão de habitantes, sendo as mais populosas as cidades de Port Louis (148,780), Beau Bassin (108,685), Vacoas-Phoenix (105,602), Curepipe (82,904) e Quatre Bornes (79,857), segundo dados de 2016.
O povo das Maurícias para além de ser hospitaleiro caracteriza-se por ser uma mistura de raças oriundas de várias partes do mundo. Uma das principais fontes de receita do país, juntamente com o açúcar e a indústria têxtil.