As selecções do Botswana e da Zâmbia jogam este sábado, no Moses Mabhida, a final do Torneio da Taça COSAFA-2019, que vem sendo disputado na cidade de Durban, África do Sul, desde o dia 25 de Maio do mês em curso devendo terminar no dia 8 de Junho. O desafio está agendado para 15:00 horas locais.
Com efeito, a Zâmbia conseguiu finalmente afastar o Zimbabwe através da lotaria das grandes penalidades (4-2), depois do nulo que prevaleceu nos noventa minutos. Foi a desforra do vice-campeão em título, que tem a possibilidade de conquistar o seu quinto troféu no sábado. Já o Botswana venceu a selecção do Lesotho por 2-1. Foi o ponto final do reinado dos representantes do Zimbabwe, que até então constituíam uma verdadeira pedra de tropeço aos zambianos.
Depois de terem estado isentas da fase de grupos por seu bom desempenho, a Zâmbia (vice-campeão), que entrou directo para os quartos-de-final, só conseguiu afastar o Malawi na lotaria das grandes penalidades depois do empate a duas bolas no tempo regulamentar. Já o campeão em título, apesar de ter encontrado um adversário que ofereceu alguma resistência, Comores acabou vencendo tranquilamente por 2-0, enquanto que o Botswana recorreu as grandes penalidades batendo a anfitriã, África do Sul por 5-2, depois do empate a duas (2-2) bolas no período regulamentar.
De resto, esta será uma final inédita para o Botswana, que por três ocasiões (2006,2007 e 2015) logrou chegar apenas as meias-finais. Certamente que será também, uma diamantina oportunidade de conquistar o seu primeiro título na história desta competição.
O jogo referente a atribuição do terceiro e quarto lugar colocará frente-a-frente a selecção do Lesotho e do Zimbabwe está marcado para as 19:30 horas locais, nesta sexta-feira. Ainda no mesmo dia, as 17:00 horas, a África do Sul e o Malawi irão jogar a “Final Plate”.
Esta competição é o cruzamento entre as quatro equipas que são eliminadas nos quartos -de-final, que são colocadas a jogar uma meia-final e uma final. Esta competição entre perdedores dos quartos-de-final foi introduzida em 2013, na edição acolhida pela Zâmbia, tendo sido Moçambique o vencedor, ou seja, a melhor posicionada entre os eliminados.
“Chipolopolo” a caminho de conquistar o quinto título
Aguerrida, forte mentalmente e com a maior oportunidades de golo, o campeão em título, Zimbabwe iniciou a sua defesa do título disposta a resolver o jogo nos minutos iniciais. Tarefa que não foi fácil, porque mesmo sem conseguir criar situações de golo, defensivamente a Zâmbia esteve bem. O grande momento de realce aconteceu no minuto 21 da primeira parte, em que Hadebe, defesa do Zimbabwe esteve próximo de inaugurar o marcador.
Era na verdade uma final antecipada, dai que o nível de entrega por parte das duas equipas foi maior. Nervos a flor da pele e muita apreensão, caracterizaram os momentos altos do jogo.
Mais interessante ficou ainda depois da Zâmbia ter perdido a diamantina oportunidade de chegar ao golo no minuto 42. Austin Muwowo, foi chamado a cobrar uma grande penalidade, mas Elvis Chipezeze, guarda-redes do Zimbabwe defendeu com classe o remate do meio-campista. Loucura total nas bancadas.
Foi com o nulo que as duas selecções foram ao intervalo. Infelizmente, no reatamento as duas selecções não conseguiram produzir golos, pelo que a decisão do resultado só poderia ser obtido na lotaria das grandes penalidades.
“Crocodiles” preguiçosos
Contrariamente a performance apresentada no ano passado, o Lesotho defraudou as expectativas do seu público consentido a primeira derrota diante da sua similar do Botswana, por 2-1. Joel Mogorosi (7) e Segolame Boy (31) foram os autores dos golos enquanto que o tento de hora do Lesotho foi marcado a passagem do minuto 78 por Tsepo Toloane.
O golo madrugador sofrido pelo Lesotho deixou a equipa relaxada, permitindo com que o adversário ganhasse terreno e controlasse o jogo. O mesmo cenário aconteceu na segunda etapa, mesmo depois de sofrer o segundo. A equipa treinada por Marai Mpitsa, técnico do Lesotho tentou reagir minimizando o estrago com o tento solitário de Tsepo Toloane, mas foi tarde demais.
Recordar que os sutus que estiveram isentos da fase de grupos, devido ao seu na ranking na COSAFA comparado com as oito selecções que disputaram essa fase – ganharam o direito de estarem nas meias-finais à semelhança do Zimbabwe.
No “quartos” o Lesotho venceu a sua similar do Uganda por 3-2, no desempate das grandes penalidades, depois do nulo que prevaleceu no período regulamentar enquanto que, no mesmo cenário as “Zebras” venceram os “Bafana Bafana” por 5-4, depois do 2-2 nos 90 minutos.
Por três ocasiões as “Zebras” foram semifinalistas (2006, 2008 e 2015) e alcançaram os quartos-de-final em cinco edições, sendo que no ano passado, estes estiveram isentos da fase de grupos por conta do seu bom desempenho.
Este foi o terceiro encontro entre as duas selecções sendo que o primeiro registou-se em 2004 com um empate sem golos e a decisão acabou sendo feita através da lotaria das grandes penalidades tendo Botswana vencido por 11-10. Foi um momento que ficou gravado na história desta competição, ficando a partir dai declarada a rivalidade entre as duas nações.
