Quis o destino que a 17ª edição da Taça CASTLE COSAFA, deixa-se para a última jornada a decisão das equipas que iriam transitar para os quartos-de-final nos dois grupos (A e B). À semelhança do que aconteceu ontem, entre as formações de Angola e Tanzania, no registo do empate sem golos, o mesmo aconteceu hoje, entre as selecções do Zimbabwe e da Madagáscar que empataram sem abertura de contagem adiando para a terceira e última jornada o representante que encontrará a Suazilândia que já aguarda o vencedor deste grupo.
No plano teórico as duas equipas estão em condições de garantir a sua vaga para a próxima fase, mas com as possibilidades a recaírem para o Zimbabwe que conseguiu marcar o maior número de golos na primeira jornada, estando em vantagem no goal avarage (4) contra dois da Madagáscar. Para que a Madagáscar transite à fase seguinte terá que vencer Moçambique com uma margem superior de golos suprindo a do seu adversário (Zimbabwe), e esperar que o mesmo perca no jogo contras as Seychelles na última jornada. Enfim, nada que seja impossível. Que vença o melhor!
A formação Malgaxe que também vinha animada da vitória obtida na jornada passada frente a sua similar das Seychelles, por 2-0, foi bastante antipático com aquele que é a até aqui um carrasco para muitas equipas neste torneio, o Zimbabwe. Lembrar que no confronto entre si os zimbabueanos superaram-se apenas num único encontro vencendo os ilhéus por 1-0 a 28 de Março de 2007 em Maputo. Sendo que o segundo, as duas selecções empataram sem golos.
Sunday Chidzambga, técnico do Zimbabwe entrou para esta partida com a mesma estratégia utilizada no jogo frente a Moçambique, apostando numa equipa ofensiva que privilegiava as transições rápidas defesa-ataque e com remates a distância na tentativa de surpreender o guarda-redes.
Os malgaxes para além de terem sabido fechar-se ensaiavam igualmente algumas jogadas esporádicas mas ressentia-se alguma falta de sincronismo entre os sectores sobretudo nas saídas em contra ataque.
No minuto 20 Blesssing Majarira, autor de um dos golos na vitória sobre Moçambique, desperdiça uma oportunidade flagrante de inaugurar o marcador, depois de ter percorrido o corredor esquerdo até a zona de linha de fundo passando por tudo e por todos, mas este não conseguiu ter a frieza que se exige a um matador na hora de visar a baliza preferindo mandar a bola para fora da quadra. Mesmo assim, os treinados de Sunday Chidzambga não deixavam de fazer remates a baliza. Contrariamente à Moçambique o Zimbabwe não encontrou as mesmas facilidades que o adversário anterior visto que este soube se impor. Foi com o nulo que os contendores recolheram aos balneários.
No reatamento após terem sido jogados 52 minutos, Jean Dieu negou o golo ao capitão Ovidy Karuru ao defender instintivamente com o seu pé direito a bola cabeceada que caminhava caprichosamente às malhas defendidas por este.
Aos 76 minutos, Rainaivoson Ndrantohairilala, que acabava de entrar no lugar de Jean obriga George Chigova a aplicar-se a fundo para uma defesa apertada que causou suto aos contrários. O desespero crescia nas duas equipas e os golos esses teimavam em não aparecer. Aos 85 minutos o Zimbabwe reclamou uma grande penalidade que aos olhos do juiz da partida não existiu. Para termos o desfecho desta estória o Zimbabwe medirá forças com
Mçambique vence Seychelles mas continua dependente de terceiros
Os “Mambas” venceram ontem a sua congénere das Seychelles por 2-1, no desfecho da segunda jornada do grupo “B”, da Taça COSAFA CASTLE. Contudo o conjunto moçambicano não depende si para transitar para a fase seguinte. Com este resultado os treinados de Abel Xavier passam a somar 3 pontos sendo os terceiros classificados no grupo. Os golos do lado moçambicano foram apontados pelo Central Stélio aos 47 e o segundo por João Francisco Simango aos 69 minutos.
Foi na verdade um jogo em que Moçambique foi a equipa quem mais oportunidades de golo teve a sua mercê não fosse a falta de pragmatismo por parte dos atacantes moçambicanos.
A boa prestação de Moçambique valeu com que o prémio do homem do jogo ficasse com o médio ofensivo Nuno que levou consigo um cheque gigante no valor de 250.00 dólares.
Moçambique encerra a terceira jornada medindo forças com a Madagáscar que por sinal será o seu adversário na campanha de qualificação do CAN.
Importa frisar que Moçambique e a sua similar Seychelles perderam as suas partidas de abertura no Grupo B na Copa da Taça Cosafa Castelo COSAFA de 2017 e devem reivindicar uma vitória para suportar qualquer chance real de fazer as quartas de final como vencedores do grupo.
Na verdade o trauma dos maus resultados obtidos no confronto directo com selecção do Zimbabwe data de 20 de Abril de 1980, quando Moçambique averbou a maior goleada por esmagadores 6-0, isto num jogo de carácter particular havido em Harare, capital daquele país.
Moçambique perdeu 4-0 contra o Zimbabué, que foi a maior derrota do país na história da Copa do Castelo COSAFA. Ele superou a anterior pior perda de 3-0, que sofreram em quatro ocasiões.
Ao consentir a pesada derrota frente ao Zimbabwe , Moçambique passa a contar com 50 golos sofridos dos 37 jogos que até aqui realizou desde que entrou para a Taça COSAFA CASTLE. Apenas o Malawi (54 de 41 jogos) e Lesoto (50 de 37 jogos) são as selecções que maiores números de golos consentiram nas suas participações neste que é o segundo maior evento competitivo, pelo menos ao nível da África Austral.
Segundo
Um outro facto curioso é Moçambique perdeu os seus últimos quatro jogos na TAÇA COSAFA sem ter logrado a oportunidade de marcar nenhum golo. Na verdade, eles ganharam dois dos nove jogos desde o início da competição partindo de 2013. Refira-se que na edição da Taça Castle, realizada na Zâmbia, em 2013, Moçambique, sob comando de João Chissano, foi o vencedor do cruzamento entre as equipas eliminadas nos quartos-de-final, terminado a competição como quinta melhor equipa do torneio.
Lembre-se que na edição anterior Moçambique entrou na qualidade de finalista vencido do anterior torneio da COSAFA (2016), que teve lugar na África do Sul, a Selecção Nacional de Moçambique entrou directamente nos quartos-de-final. Entretanto, teve o infortúnio de cair perante os pés da República Democrática do Congo. Os “Mambas” não foram felizes no jogo de estreia, o mesmo sucedendo na segunda partida, diante da Namíbia, facto que colocou Moçambique para a última posição entre os primeiros oito classificados, o mesmo que dizer oitavo lugar na classificação final, atrás da vencedora África do Sul, Botswana, Suazilândia, RD Congo, Lesotho, Namíbia e Zâmbia.
A África do Sul, a Zâmbia e o Zimbabwe vêm conquistando quatro títulos da Copa COSAFA desde que o torneio foi disputado pela primeira vez em 1997, com Angola (três vitórias) e a Namíbia as únicas equipas a levantarem o troféu.