A Selecção Sub-17 de futebol da Zâmbia goleou a sua similar das Maurícias por 3-0, e conquistou o seu primeiro título na Taça COSAFA que vinha decorrendo em Port Louis, capital das Maurícias, desde o passado dia 21 do mês de Julho e que teve o seu epílogo hoje. Prince Mumba, Christopher Phiri e Kingsley Hakwiya foram os obreiros da vitória dos Chipolopolos ao marcarem nos minutos 72, 79 e 81 respectivamente.
Foi uma vitória arrancada a ferro e fogo visto que a equipa anfitriã não quis entregar o ouro ao bandido de mão beijada. Os insulares dificultaram como puderam, mas após sofrerem o primeiro golo no minuto 72, a equipa de Jose Clark ficou derrotada psicologicamente e não teve argumentos para contrariar o favoritismo do seu adversário. Desolação e tristeza é o ambiente que caracterizou o semblante dos jogadores caseiros que chegaram a acreditar que poderiam deixar o título em casa.
Pela primeira vez na sua história do futebol local, os insulares lograram em chegar a uma fase final mercê do trabalho árduo que o país tem vindo a desenvolver no que a as camadas de formação diz respeito. As Maurícias terminaram a fase de grupos com seis pontos frutos de duas vitórias e uma derrota. Lembrar que esta equipa afastou o Malawi na corrida para o título, ao vencer nas meias-finais por 2-0.
O conjunto orientado por Mumamba Numba fez jus a promessa feita antes de iniciar o torneio: “o nosso objectivo passa por ganhar jogos e levar para a casa o troféu”, dito e feito! A Zâmbia volta a reencontrar-se com os títulos depois de no ano passado ter sido desqualificada por ter utilizado jogadores com idades viciadas.
Ainda assim, a Zâmbia tem vindo a deixar claro que esta competição configura na lista das suas prioridades, sobretudo no que ao lançamento de novos talentos diz respeito. Aliás, o sucesso do futebol naquele país não se resume apenas na equipa sénior, a prova disso foi a participação da Selecção Sub-20 de Futebol participou no Campeonato Mundial de Futebol que teve lugar no Japão em Junho passado tendo a equipa perdido nas meias-finais diante da Itália por 2-1. Enfim, a Zâmbia tem-se afirmado a cada dia que passa impondo o seu respeito às equipas da zona e não só.
No final decorreu a cerimónia de entrega de prémios aos participantes. Coube ao prémio de homem do jogo ao capitão da equipa zambiana Prince Mumba enquanto que Martin Njobvo assim como os seus colegas Lameck Banda (Zâmbia) e Junior Nare (África do Sul), foram distinguidos como os melhores marcadores da prova com cinco golos. Jean Aristed, das Maurícias contentou-se com o prémio de melhor jogador da prova e a sua equipa ficou com o prémio de fair-play. Kennedy Nankhaima destacou-se por ser o guarda-redes menos batido do torneio com apenas um golo sofrido.
Mais um bronze para o Malawi
No que ao jogo de atribuição do terceiro e quarto lugar diz respeito, a selecção sul-africana voltou a baquear, desta feita diante do Malawi, que venceu o desafio por 2-1, com dois golos de Alex Tsamba nos minutos 27 e 50. Junior Nare, atacante a serviço dos Alex Black Aces, da África do Sul reduziu o marcador no minuto 67. Dai para frente os treinados de Molefi Ntseki não tiveram fôlego para forçar um possível empate que pudesse ser decidido na lotaria das grandes penalidades.
Este resultado volta a conferir a segunda medalha de bronze ao conjunto Malauiano depois de no ano passado tê-lo feito ao vencer a selecção do Kenya por 2-0. Nesta edição o Malwi terminou a fase de grupo em pleno com um total de nove pontos, frutos de três vitórias. Já no ano passado a equipa de Deklerk Msakakuona, treinador do Malawi perdeu frente Namíbia por 5-6, no desempate de grandes penalidades depois de o resultado ter empatado a uma bola no tempo regulamentar.
Recordar que a África do Sul foi surpreendida com uma derrota nas meias-finais pela selecção anfitriã, Maurícias por 2-0, deitando por terra o sonho de qualificar para a final. Os representantes da terra de Madiba (Nelson Mandela) terminaram a fase de grupos com seis pontos depois de terem vencido na última jornada a formação de Madagáscar por 5-3.
E foi com o técnico Molefi Ntseki, que no ano passado, a África viria terminar a fase de grupos em grande tendo vencido os três jogos somando um saldo de nove pontos. Na final os Bafana Banafa juniores perderam no desempate das grandes penalidades, por 1-3, depois de um empate a uma bola no período regulamentar.