Malawi naufraga nas Maurícias e Botswana desfaz a história

Depois de ter sido afastada no ano passado nos quartos-de-final pela sua congénere da Zâmbia (2-1), a selecção do Botswana, que esteve isenta da fase grupos entrou com o pé direito na jornada inaugural do Grupo “B”, do Torneio da Taça Castle COSAFA, ao vencer pela primeira vez a sua similar de Angola por 2-1.

Kabelo Sekanyeng (4’) e Onkabetse Makgantai (44’) foram os autores dos tentos da equipa tsuana enquanto João Manha marcou pela selecção angolana a passagem do minuto 58. Com este resultado a equipa de David Bright, técnico do Botswana soma três pontos à semelhança das Maurícias que venceram os malauianos com o golo solitário de Damien Balisson(15’).

O torneio teve o pontapé-de-saída ontem (domingo) na província sul-africana de Limpopo e conta pela primeira vez na história desta prova com a participação dos 14 países membros do Conselho das Associações de Futebol da África Austral (COSAFA).

No histórico existente entre os dois conjuntos, no que a COSAFA diz respeito, por duas ocasiões ambas até então haviam registado um sem abertura de contagem.

Com três títulos na sua colecção os “Palancas Negras” foram finalistas vencidos por duas vezes (2000 e 2005). O resultado mais expressivo que os angolanos já conseguiram no torneio da COSAFA, foi diante da Suazilândia, ao vencer por 7 -1, em Abril de 2000. Em 2016, os angolanos tiveram a sua pior prestação tendo sofrido uma derrota por 3-0, diante do Lesotho. Lembrar que em 40 partidas até aqui disputadas os angolanos somaram um total de 16 vitórias, 11 derrotas e 13 empates.

Nos últimos anos, esta selecção tem apostado em promover novos talentos a lança-los a ribalta, algo que tem surtido resultados desejados. Lembrar que depois de ter-se qualificado para o “Mundial” da Alemanhã, os angolanos não mais conseguiram estar próximo desse feito.

ANGOLA ESTREIA COM DERROTA

Mal o jogo havia começado os treinados do sérvio Srdjan Vasiljevic sofreram o primeiro golo após Kabelo Sekanyeng, ter sido carregado no interior da grande área. A selecção angolana levou algum tempo para encontrar o fio condutor do jogo. As “Zebras”,nome de guerra do Botswana mostram ser uma equipa aguerrida sobretudo nas transições rápidas da defesa ao ataque. Apenas pecavam na finalização.

A um minuto da primeira etapa a equipa tsuana voltou a facturar mercê de uma falha defensiva por parte dos centrais contrários. O atacante Onkabetse Makgantai, a serviço do Orapa FC do Botswana, numa saída rápida em contra-ataque recebe a bola na zona do meio-campo contrário e galga o corredor central passando pelos defesas até chegar ao golo. Foi com a vantagem no placard que as “Zebras” recolheram aos balneários.

Angola reduziu a desvantagem a passagem do minuto 58 por intermédio de João Manha. Galvanizados com o golo, os treinados de Vasiljevic assumiram uma postura mais ofensiva deixando a defensiva contrária em constante alerta.

Uma vez mais Angola não conseguiu evitar a derrota caindo aos pés de um adversário que mostrou-se mais esclarecida e disposta a sair triunfante deste desafio.  No próxima jornada Botswana bate-se com Malawi enquanto Angola terá pela frente as Maurícias.

Malawi naufraga nas Maurícias

Quis o destino que estas duas formações voltassem a cruzar o mesmo caminho depois de  na edição passada ambas terem empatado sem abertura de contagem, no jogo em que cumpriam apenas o calendário visto  quea possibilidade de brigar pela passagem aos quartos-de-final não passou de uma mera miragem.

À semelhança do ano passado, estas selecções que apresentaram-se completamente reforçadas protagonizaram um desafio electrizante a avaliar pelo espectáculo que foi proporcionado ao público. Volvidos 15 minutos de jogo gritava-se golo no Old Peter Mokaba, Damien Balisson inaugurou o marcador defraudando as expectativas dos mais cépticos quanto ao crescimento desta equipa.

A selecção insular surpreendeu pela positiva apresentando um jogo organizado em todos os sentidos. A concentração e a objectividade foram factores determinantes para a vitória tangencial desta equipa. Já o Malawi, apenas tem de queixar-se de si a avaliar pela inúmeras oportunidades de golo que ficou por marcar.

Das 13 participações que o Malawi esteve envolvido na Taça COSAFA CASTLE, o máximo que conseguiu alcançar foi uma meia-final em 2001. No único confronto até aqui existente entre estas equipas, o Malawi saiu triunfante vencendo as Maurícias por 1-0, com o golo a ser apontado por Gabeya. Este desafio teve lugar em Windhoek, Namíbia no dia 14 de Junho de 2016.

No que a Taça COSAFA diz respeito, a maior vitória tida diante do Botswana. O jogo de má memória até aqui registado pelo Malawi data de 15 de Outubro de 1962, quando estes foram trucidados pela selecção ganesa por contundentes 12-0, isto em partidas de carácter particular.

Nas participações (13) até aqui registadas, as Maurícias conseguiram apenas chegar aos quartos-de-final por duas ocasiões, a primeira em 2001 e a segunda em 2004. No seu historial na COSAFA os ilhéus conseguiram alcançar uma vitória expressiva diante da sua congénere das Seychelles por 4-0, no dia 19 de Julho de 2008. Facto curioso é que em Julho de 2013 as Seychelles fizeram a desforra goleando os seus vizinhos por contundentes 7-0.