Malawi afasta Zâmbia da corrida ao título

Depois da derrota sofrida na estreia diante da sua congénere do Uganda (2-0), o actual detentor do título, Zâmbia consentiu um empate sem golos, estando praticamente fora da corrida do título, uma vez que para as meias-finais, apenas transitam os melhores classificados de cada grupo. Só um milagre salvaria a Zâmbia. Malawi entra assim para história da COSAFA a ser a primeira selecção a afastar, o até então “invencível”.

Ainda assim, em 23 edições até aqui realizadas a Zâmbia continua sendo o país com maior número de títulos coleccionados, num total de 11 desde que a competição foi instituída em 1983. Depois segue-se o Zimbabwe, com seis, a África do Sul com 5 e, finalmente, Madagáscar com um título conquistado em 200.

Era praticamente o jogo do tudo ou nada para a Zâmbia tendo em conta que ainda se recuperava do trauma da derrota sofrida frente a Uganda no desafio de estreia. Impunha-se que a Zâmbia saísse da quadra com a vitória. A Zâmbia voltou a desapontar o seu público e os seus admiradores.

Foi o Malawi quem tomou as rédeas do jogo obrigando com que os donos da casa jogassem no seu reduto por forma a cometerem erros. Os malauianos que entraram para esta ronda animados com a vitória obtida na jornada passada diante da Suaziândia (3-2), entraram para esta partida com a lição bem estudada e não permitiram com que os seus adversários jogassem a seu belo prazer. Quem não gostou da actuação dos “Young Chipoloplo”, foi o público que lançou impropérios passando a apoiar a equipa adversária. Foi uma clara manifestação de desagrado e repúdio por parte dos adeptos. NumbaNumamba, treinador da Zâmbia era um homem desolado e despidos de ideias.

No cômputo geral a Zâmbia não teve argumentos suficientes para contrariar o favoritismo imposto pelos flames Jr. o Malawi que até aqui não conseguia passar a fase de grupos desde que entrou na competição, tem agora a oportunidade de o fazê-lo, bastando apenas que vença o próximo jogo e seja o melhor do seu grupo.

Lembrar que a fase de grupos será concluída a 12 de Dezembro, seguido de um dia de descanso, com as meias-finais a serem realizadas no Estádio Arthur Davies no dia 14. O jogo referente à atribuição do terceiro lugar e a final está agendado para o dia 16 de Dezembro e terá lugar no Levy Mwanawasa Stadium, em Ndola.

Segundo reza o formato da competição, as equipas estão dispostas em três grupos (ABC), em que transitam para as meias-finais apenas os primeiros melhores classificados de cada e a segunda melhor de todos.

Angola focada apenas na vitória

A selecção da Namíbia conquistou três preciosos pontos ao vencer por 1-0, a sua similar de Angola, naquele foi o primeiro confronto entre estas equipas que encontram-se inseridas no Grupo “C”, no Torneio Sub-20 da MOPANI Copper Mines COSAFA, que este ano decorre na cidade de Kitwe e Ndola, Zâmbia devendo terminar no dia 16 do mês em curso. Com efeito, a selecção da Namíbia lidera isoladamente a tabela classificativa do grupo com três (3) pontos, seguida pelas selecções do Zimbabwe e do Lesoto (1), que ontem empataram a uma bola. Os “Palnaquinhas Negras” voltam a jogar esta segunda-feira diante da formação do Zimbabwe as 15: 00 horas locais.

Depois de ter perdido nas meias-finais na edição passada da COSAFA diante da sua similar da África do Sul, por contundentes 5-0, a equipa que até então era treinada por Samy Matias deixou boas indicações

Aos 14 minutos Angola esteve na eminência de sofrer golo em virtude de uma desatenção defensiva, mas no minuto seguinte Angola reagiu numa saída em contra-ataque que também pregou susto a equipa contrária.

Angola acabou sofrendo golo no minuto 22 num lance de bola parada depois de uma falta criada na entrada da grande área. Um erro defensivo que teve uma factura alta. O capitão namibiano, George Hummel desferiu um petardo que foi beijar num dos vértices da barra transversal da baliza de João Eduardo, na recarga, o avançado Enzo Mungendje apenas introduziu a bola para o fundo das malhas. Estava feito o 1-0. Um golo que não fez cruzar os braços dos “Palanquinhas” que reagiram partindo para o ataque. Aos 28 minutos, António Quintas pregou susto a equipa de Gerald Guther, ao rematar para uma defesa incompleta do guarda-redes contrário, depois de uma jogada envolvente na zona de rigor.

Enquanto isso, a Namíbia ia fazendo o seu jogo de paciência esperando por uma escorregadela da equipa contrária para visar.

De forma incessante Angola andou a procura do golo que teimava em não aparecer, mesmo com os contra-ataques esporádicos que eram ensaiados. Catraio, que já tem alguma experiência neste tipo evento não conseguia perfurar a muralha defensiva criada pelos namibianos. As duas equipas acabaram saindo ao intervalo com o nulo no marcador.

À entrada para a segunda parte a Namíbia passou a apostar numa defesa em bloco, e muitas vezes trocando a bola em passes curtos, algo que em certa medida irritava os angolanos que não conseguiam desbravar o caminho para o golo. A ansiedade e as sucessivas quebras físicas causadas por cãibras terão derivadas da fadiga da viagem de cerca de oito horas de tempo, terão até certo ponto terá influenciado o rendimento da equipa angolana. Aliás, Vá, uma das unidades importantes no ataque angolano acabou saindo de macas após uma colisão numa disputa de bola com o seu colega contrário. Certamente que este jogador constituirá uma dúvida uma ausência de vulto para o próximo confronto jogo.

A dois minutos do fim do jogo Paulino Gomes desperdiçou a oportunidade única de igualar o marcador ao fazer passar a bola ao lado da baliza. Mesmo com os quatro minutos adicionais cedidos pelo árbitro suazi, Thulani Sibandze, Angola não conseguiu reverter a história do jogo a seu favor.

No final da partida o técnico angolano disse a imprensa que a derrota sofrida foi apenas um acidente de percurso ,“o nosso objectivo continua o mesmo: vencer os jogos que ainda temos pela frente”, precisou Augusto Manuel. Enquanto isso, Gerald Guther felicitou o seu adversário destacando que os seus pupilos souberam, valorizar a vitória.

Suazilândia impede vitória de Uganda

Embora não tenha havido muita afluência do público local, os prognósticos indicavam que a Suazilândia seria o bombo da festa para os ugandeses, que na ornada anterior haviam “humilhado” a equipa anfitriã, Zâmbia, com uma derrota (2-0), perante o seu público. Enganou-se quem assim pensou. A selecção da Suazilândia impediu que a tenebrosa Uganda saísse do Arthur Davies com os três pontos.

Os treinados de Mandla Dlammini assumiram o desafio com atitude e determinação, factores crucias para quem quer vencer. Por sua vez, a selecção de Uganda que até certo ponto menosprezou o adversário teve de trabalhar arduamente para travar a saga ofensiva dos representantes do Reino da Suazilândia que mostraram muita raça. Estes pecavam apenas por ser perdulários.

Dlammini que apostou no clássico 4x4xx2 montou uma equipa ofensiva que sempre jogou em pressão alta. Foi uma Suazilândia endiabrada e muito diferente daquela que apresentou-se frente a Malawi.

Aos 23 minutos, finalmente a Suazilândia chega ao golo. Tsabedze Muzi faz o 1-0, numa assistência de Nunu Shabalala. Foi uma jogada de cortar a respiração depois de um roubo de bola no meio-campo contrário… Uganda viria a empatar aos 29 minutos pelo inevitável Shaban Muhammd que fuzilou o kepper suazi com cabeceamento. As duas selecções foram aos balneários com o placard igualado .

No reatamento, a Suazilândia manteve a mesma postura de jogo e foi a equipa que mais oportunidades de golo teve a sua mercê e não soube tirar o devido aproveitamento. Por conta disso, o seu adversário tirou proveito e adiantou-se no marcador por intermédio de Okello aos 51 minutos. Quando tudo indicava que Uganda tinha a situação sob seu controlo, no minuto 89 a Suazilândia chega ao golo do empate por intermédio do avançado Order Mamba, que se encontra a serviço Moneni Pirates FC. Os adeptos zambianos entraram em delírio total, e não para menos, afinal a Suazilândia vingou a amarga derrota que a Zâmbia sofreu diante de Uganda (2-0).