Camarões e África do Sul disputam final da COSAFA

As selecções dos Camarões e da África do Sul irão disputar a final do Torneio Feminino da COSAFA que este ano decorre no Município de Nelson Mandela Bay, Port Elizabeth desde  12  de Setembro devendo terminar no dia 22 do mesmo mês,  na África do Sul. Com efeito, os Camarões afastaram hoje, a sua similar da Zâmbia por 1-0, com o golo da vitória a ser apontado por Ngo Mbeleck Edith a passagem do minuto 77, enquanto que a África do Sul venceu o Uganda por 2-0. Linda Motlhalo (7’) e Jermaine Seoposenwe (67’) foram as autoras dos tentos.

Assim sendo, as duas selecções jogam a final este sábado, no Wolfson Stadium quando forem 12.00 horas locais. Enquanto que na sexta-feira, a Zâmbia e Uganda disputarão o desafio referente a atribuição do terceiro e quarto lugares e, também terá como palco, o Wolfson Stadium, pelas 15.00horas locais.

Lembrar que a selecção dos Camarões conseguiu a qualificação para o último Campeonato Mundial Feminino da FIFA no Canadá em 2015, e, também estiveram nos Jogos Olímpicos de Londres três anos antes.

A Zâmbia terminou a fase de grupos invicta com um total de nove pontos, enquanto que os Camarões terminaram na segunda posição com seis pontos seguida pola afastada selecção de Moçambique  com três.

A campeã em título, África do Sul que irá também disputar a fase final do CAN,  não quis deixar os seus créditos em mãos alheias. Linda Motlhalo, meio-campista a evoluir no Houston Dash da África do Sul, voltou a mostrar a sua veia goleadora abrindo o activo no minuto sete. A jogadora passa a contar desde já com quatro golos na sua conta pessoal seguida pela sua colega dos Camarões, Mpeh Bissong com três golos.

As anfitriãs inda tiveram uma mão cheia oportunidades que infelizmente não foram sabiamente aproveitadas, sobretudo Kgaelebane Mohlakoana e Jermaine Seoposenwe. Quando tudo perecia ter chegado ao fim, eis que Jermaine Seoposenwe redime-se marcando o segundo para a sua equipa.

O torneio se realiza numa altura em que a Federação Internacional de Futebol (FIFA) está empenhada em desenvolver acções de massificação do futebol feminino pelo mundo através de projectos concretos tendentes a incentivar às mulheres a praticarem esta modalidade. Aliás, esta tem  sido também a mesma posição do Conselho das Associações de Futebol da África Austral (COSAFA) a nível da região, ajudando a dar visibilidade o que de melhor se faz no futebol feminino.

A vingança serve-se fria

Foi uma verdadeira propaganda do futebol feminino que se assistiu na tarde desta quinta-feira no Wolfson Stadium. As selecções da Zâmbia e dos Camarões protagonizaram um espectáculo de futebol, naquele que poderemos considerar de antecâmera para estas equipas, uma vez que ambas, em breve irão se esbarar no Campeonato Africano de Futebol (CAN), que este ano será disputado em Gana.

Rotulada como a favorita deste torneio, até porque o seu palmarés fala por si, a selecção dos Camarões ainda ressentia-se da derrota sofrida na segunda jornada diante deste adversário que cometeu a proeza de ferir o seu orgulho.

As treinadas de Beauty  Mwamba, técnica da Zâmbia demonstraram a mesma força anímica tida no jogo passado. Destímidas e confiantes, as zambianas jogaram de peito aberto exercendo uma força pressão nos minutos iniciais. Na verdade a pressão recaía sobre a equipa camaronesa que se via a nora perante a situação.

Ainda assim, transcorridos cinco minutos,as camaronesas estiveram na eminência de inaugurar o marcador depois de uma desatenção da defensiva contrária que permitiu a entrada da atacante Mpeh Christiane na zona de perigo. Esta fez um chapéu que só não entrou porque a defesa central Martha Tembo tirou a bola mesmo em cima da linha de golo.

Na resposta a investida, a Zâmbia perdeu a oportunidade diamantina de marcar, numa jogada que envolveu as jogadoras Rachel Nachula e Barbra Banda. Estas, dentro da zona de rigor e com as condições criadas para colocar a bola dentro da baliza atrapalharam-se e permitiram com que a defesa contrária tirasse o esférico daquela área.

No cômputo geral, foi a Zâmbia que esteve na mó de cima e, com controlo da situação. Foi domínio que se arrastou até ao intervalo.

Aflitas e pressionadas, as camaronesas entraram para a segunda balanceadas para o ataque mostrando claramente que não precisavam de resolver o jogo na lotaria das grandes penalidades. Depois de ter falhado no minuto 61, Ngo Mbeleck Edith  consegue,  finalmente marcar na segunda tentativa. Estavam jogados 77 minutos. Caía por terra o sonho da Zâmbia chegar a final da COSAFA.