África do Sul volta a cruzar com Egipto e Lesotho apura-se

A Selecção da África do Sul que venceu ontem o Egipto, por 2-1, voltará a jogar com a mesma equipa, no desafio referente as meias-finais agendado para o dia 14 do mês corrente. O Egipto que terminou a fase de grupos com seis pontos, era até então a segunda equipa melhor classificada de todos os grupos. Tal facto consumou-se depois de o Lesoto, que partilhava a liderança com o Zimbabwe (4), ter empatado sem golos diante de Angola no desfecho da terceira jornada do grupo ( C). Assim sendo, o Lesoto medirá forças com Uganda, que ontem garantiu o seu assento nas meias-finais ao empatar diante do Malawi por uma bola.

Os treinados de Thabo Senong, da África do Sul de tudo farão para sair deste torneio com o troféu na sua bagagem depois de quatro anos de jejum.

Recorde-se que em 2013 os “Amajita” derrotaram convincentemente a convidada Quénia por 2-0, conquistando, desta forma, um título que lhes fugia desde 2008. Na altura os treinados de Shakes Mashaba entregarem-se de forma abnegada, com os jogadores a darem tudo o que tinham e até o que não tinham, discutindo cada lance como se fosse o último lance das suas vidas, não espantando, por isso, os frutos que colheram no sábado.

 

A primeira vez do Lesotho e a despedida do Zimbabwe

 

Podemos considerar o Lesotho um a outsider ousado, que até então nunca havia chegado a uma meia-final e que surpreendeu pela positiva ao criar dificuldades a colossos como o Zimbabwe, que por um triz via comprometida as suas aspirações na corrida pelo título. Os representantes do Lesotho venceram ainda a sua congénere da Namíbia por 2-1, na segunda jornada conquistando dessa forma quatro pontos.

A equipa do Lesoto que sempre foi eliminada nas primeiras rondas, pelo menos desde ao ano em que aderiu a competição (2009), criou inúmeras dificuldades para os treinados de Manuel Augusto, técnico de Angola, que não conseguiam sair em contra-ataque tendo perdido inúmeras oportunidades de marcar o golo de honra. Angola despede-se do torneio com o seu terceiro pior registo.

O Zimbabwe que era também um dos candidatados “naturais” a conquista do troféu, não teve uma trajectória tão fácil como se podia imaginar, considerando que esteve inserido num grupo (C), composto por equipas teoricamente acessíveis. Contudo o Zimbabwe conseguiu impor-se diante da Namíbia, que à entrada desta jornada ocupava a terceira posição na tabela classificativa com três pontos, frutos de uma vitória. O empate diante da Namíbia não permitiu com que os zimbabueanos conseguissem os pontos necessários para se tornarem a segunda melhor equipa classificada de todos os grupos.

Lembrar que em 2013, em Maseru, Lesoto os zimbabueanos conquistaram a terceira posição, depois de terem perdido para a África do Sul, esta última que somava o seu quinto título. Duas vezes semifinalista (2008 e 2013), igual número de medalhas de bronze (2009 e 2010), o Zimbabwe que é um cliente assíduo e com um palmarés respeitável, não conseguiu ir atrás do título que lhe foge desde 2007.