A Selecção da África do Sul e das Maurícias irão protagonizar a o segundo jogo da meia-final, do Torneio Sub-17 da COSAFA, que decorre em Port Louis, Maurícias desde o passado dia 19 de Julho, devendo terminar no dia 29 do mesmo mês. O encontro está agendado para esta sexta-feira no Estádio Francois Xavie, pelas 12.00 horas locais, segundo depois o embate entre as selecções da Namíbia e Angola que terá lugar ainda no mesmo recinto pelas 15.00 horas.
A selecção anfitriã conseguiu garantir o acesso a fase seguinte, como a segunda equipa melhor classificada de todas por ter conseguido marcar o maior número de golos (7). Mesmo com a vitória por 1-0, diante da Suazilândia o Malawi não conseguiu transitar pra a fase seguinte.
Os Young Flames (nome de guerra da selecção do Malawi) entraram em campo cônscios de que só a vitória lhes interessava, uma vez que Angola, líder do Grupo (C), entrou para esta jornada apenas para cumprir o calendário, visto que a qualificação para as meias-finais estava garantida. Para tal, o Malawi precisava marcar o maior número de golos para ultrapassar o seu adversário (Maurícias).
Quem torcia para que o Malawi escorregasse e, daí tirar proveito da situação, é a equipa anfitriã, Maurícias que, após vencer as Seychelles por 6-1, ontem, conseguiu amealhar os três preciosos pontos que o permitiram sonhar e acreditar que seria a segunda melhor equipa bem classificada de todos os grupos.
Já que a esperança é última coisa a morrer, os representantes da Suazilândia que também tinham os três pontos, guardavam consigo algum resquício de esperança acreditando também que poderiam ser a segunda melhor classificada de todas. Para tornar esse sonho real, a Suazilândia precisava de vencer o Malawi marcando no mínimo oito golos para poder superar a selecção das Maurícias que terminou a fase de grupos com sete (7) golos positivos.
Lembrar que a Suazilândia esteve perto de chegar ao título antes de terminar como vice-campeão num torneio ganho pela África do Sul em 2002, quando a competição foi decidida por pontos.. Estes chegaram a qualificar-se no ano seguinte para o CAN, que curiosamente foi acolhido no mesmo país.
Segundo reza o Regulamento da prova, apenas os vencedores dos grupos e o segundo melhor classificado de todos avançarão para as meias-finais.
Lembrar que a grande novidade é que o vencedor desta competição irá representar a região austral na Taça das Nações Africanas que irá realizar-se de 12 a 26 de Maio de 2019 e que o mesmo comportará oito equipas. A importância deste campeonato foi reforçada pela Confederação Africana de Futebol (CAF), que tomou a decisão de alterar o anterior figurino de qualificação.
O CAN, por sua vez, determinará os quatro países africanos que disputarão o Campeonato Mundial da categoria que será no Peru de 17 de Setembro a 8 de Outubro do próximo ano.
Malawi morre na praia
Todas as atenções estavam viradas para o jogo entre as selecções da Suazilândia e do Malawi, pois era daqui que seria conhecida a segunda melhor equipa de todos os grupos que defrontará a África do Sul nas meias-finais, visto que esta garantiu a sua passagem derrubando a campeã em título Zâmbia por 2-1.
Sob o signo de equilíbrio, as duas equipas entraram em campo jogando com tudo na clara intenção de vencer de ambos lados. Embora o favoritismo recaísse para o Malawi, a avaliar pelo seu percurso, a Suazilândia não quis entregar a vitória de mão beijada e foi a equipa que durante 10 minutos ameaçou a baliza à guarda de Lusanda Mkhatshwa, guarda-redes da Suazilândia com remates longos, na tentativa de surpreender o guardião.
Mas, o pragmatismo dos malauianos veio ao de cima. A passagem do minuto 28 o meio-campista a serviço dos Blue Eagles Youth (Malawi), inaugura o marcador deixando maldisposta a selecção das Maurícias que se fez presente no campo para apoiar a Suazilândia. A três minutos o fim da primeira parte a equipa do Malawi obrigou o guardião contrário a aplicar-se a fundo depois de desferir dois remates enquadrados com a baliza. Foi com 1-0, a favor do Malawi que as duas formações foram ao intervalo.
No reatamento o Malawi passou a ser fustigada com uma avalanche de ataques sucessivos que quase asfixiavam a defensiva contrária. Final triste para o Malawi que uma vez mais fica por terra.
Depois da medalha de bronze conquistada no ano passado a custa de uma vitória sobre a África do Sul por 2-1, o que lhe valeu uma medalha de bronze como terceiro classificado da prova, a selecção do Malawi viria a conquistar a segunda medalha depois de em 2016 tê-lo feito após vencer a selecção do Kenya por 2-0.
Na edição passada o Malwi terminou a fase de grupo em pleno com um total de nove pontos, frutos de três vitórias. Enquanto que no ano anterior a equipa de Deklerk Msakakuona, treinador do Malawi perdeu frente Namíbia por 5-6, no desempate de grandes penalidades depois de o resultado ter empatado a uma bola no tempo regulamentar.