A Selecção da África do Sul conseguiu salvar a sua honra ao vencer tangencialmente a Namíbia por 1-0, em partida referente a atribuição do quinto e sexto lugar na final das equipas que perderam nos quartos-de-final. Deste modo, os Bafana Bafana ficaram com a quinta posição da prova seguidos pela Namíbia que ocupa a sexta.
Já a Tanzania, que perdera nas meias-finais, venceu hoje no desempate das grandes penalidades o Lesoto por 4-2, depois de o desafio ter registado nulo no tempo regulamentar. O Lesoto só se pode queixar de si depois das inúmeras oportunidades de golo desperdiçadas ao longo dos 90 minutos. Com este triunfo a Tanzania conseguiu a assegurar a terceira posição no ordenamento final e o Lesoto acabou contentando-se com a quarta posição.
Recorde-se que a Tanzania perdeu nas meias-finais diante da Zâmbia por 4-2, enquanto Lesoto sucumbiu diante do Zimbabwe por 4-3.
No final decorreu a tradicional cerimónia de atribuição das respectivas medalhas e troféus aos atletas e a equipa de arbitragem. Coube a medalha de bronze para os tanzanianos que diga-se entraram para este certame na qualidade de convidados sendo até aqui o seu maior registo nesta competição.
Depois de terem sido surpreendidos nos quartos-de-final, ao serem afastados da corrida ao título pela Tanzania por 1-0, os treinados de Stuart Baxter marcaram o único tento aos 36 minutos por intermédio do atacante Mohau Mokate.
Recorde-se que a África do Sul viveu uma situação similar em 2015, quando viu o sonho de igualar as selecções com quatro títulos ganhos, ao vergar perante o ímpeto do Botswana, nos quartos-de-final, que com 0-0 no tempo regulamentar saiu-se bem na sempre difícil lotaria das grandes penalidades, vencendo por 7-6.
De acordo com o formato da competição que as quatro equipas que perderam nos quartos-de-final devem jogar entre si para o apuramento da 5ª,6ª,7ª e 8ª selecção na hierarquia da premiação. Esta competição entre perdedores dos quartos-de-final foi introduzida em 2013, na edição acolhida pela Zâmbia, tendo sido Moçambique o vencedor, ou seja, a melhor posicionada entre os eliminados.
Lembrar que a ideia é dar oportunidade de fazer mais jogos às equipas eliminadas nos quartos-de-final, que doutro modo fariam um jogo e regressariam à proveniência. Uma inovação que foi bem acolhida pelos participantes, até porque o espírito que norteou a criação da Taça Castle é mesmo dar rodagem internacional às selecções, preferencialmente compostas por jogadores que buscam experiência internacional.
Para dizer que neste momento apenas concorrem à conquista da Taça Cosafa, Zâmbia e Zimbabwe cujo jogo terá lugar no Royal Bafokeng às 17.00 horas locais.
Importa frisar que nas três ocasiões que os dois conjuntos defrontaram entre si registaram duas vitórias para cada lado e um empate. Facto curioso é que as duas formações marcaram o mesmo número de golos (5). As maiores vitórias uma vez alcançadas pela África na COSAFA datam do ano 2000, quando os Bafana Bafana venceram as Maurícias por 3-0, tendo no ano seguinte suplantado Moçambique por 3-0. E pelo mesmo resultado esta equipa venceu as Seychelles no dia 26 de Janeiro de2005. Foi com a Suazilândia que a África do Sul conseguiu um resultado expressivo ao vencer por 4-1, em Agosto de 2002.
Ainda na COSAFA os sul-africanos registaram a sua pior derrota frente as Maurícias no dia 10 de Janeiro de 2004. No cômputo geral a formação da nação arco-íris contabiliza um total de 40 jogos na COSAFA, tendo conseguido 21 vitórias, 12 empates, sete derrotas, sofrido 24 golos e marcado 53 golos.
A Namíbia que conta com um troféu conquistado em 2016 depois de vencer na final a sua congénere moçambicana por 3-0, conta com três vitórias no rescaldo da sua participação na COSAFA CUP. A primeira foi conseguida em 1997, ao bater o Malawi por 4-1, curiosamente a 21 de Maio de 2015 os namibianos venceram pelo mesmo resultado o Zimbabwe. A sua pior derrota neste evento aconteceu em 1998 frente ao Zimbabwe por 5-2.
Vitória da consolação
Aos quatro minutos a África do Sul teve a infelicidade de cometer uma falta dentro da grande área que originou um penálti que não foi sabiamente aproveitado pelo capitão da Tazania, Himeekua Jijire, que rematou de forma desenquadrada para baliza.
Mesmo sem ter tido espectáculo que se esperava, pelo menos na primeira etapa a África do Sul tinha plena consciência de que estava proibida de voltar a desiludir o seu público e que era preciso resgatar a confiança que estes depositara em si. Foram os treinados do técnico inglês, Stuart Baxter que desde as primeiras horas assumiram as rédeas do jogo deixando bem claro as suas reais intenções, facto que deixou a defensiva contrária em alerta.
E foi numa dessas incursões que Mohau Mokate abre o marcador colocando a África do Sul em vantagem (1-0), volvidos 36 minutos da contenda numa jogada envolvente que apanhou de surpresa os defesas da Namíbia.
A pressão ofensiva que os Bafana Bafana exerciam fez com que a Namíbia cometesse muitas faltas e não tinha lucidez suficiente para controlar o jogo. Foi com o 1-0 que as duas equipas recolheram aos balneários para reformular as suas estratégias.
No minuto 59, Judas Moseamedi, atacante do Cape Town City perdeu a oportunidade de dilatar o resultado a favor da sua equipa ao desperdiçar uma flagrante situação de golo. Este, depois de ver a saída em falso de Maximilian Mbaeva, guarda-redes da Namíbia faz um chapéu, mas a não acertar à baliza .A Namíbia mostrava-se apática, desanimada e despida de ideias.
Baxter teve que fazer algumas mexidas no seu xadrez uma vez que os seus jogadores já denotavam algum desgaste físico. Substituições essas que vieram a surtiram o efeito desejado visto que a equipa manteve o mesmo ritmo e conseguiu aguentar-se até o fim. Boalefa Pule, guarda-redes sul-africano salvou a sua equipa e três ocasiões que esteve na eminência de sofrer golos. Os treinados de Ricardo Maneti não desistiram e foi por um triz que não estragavam a festa dos caseiros.