Zâmbia conquista a terceira medalha de bronze

A selecção da Zâmbia conquistou ontem, o terceiro lugar do Torneio da COSAFA que decorre em Bulawayo, Zimbabué, desde o dia 13 de Setembro do mesmo curso depois de derrotar a sua congénere do Quénia por 4-2, no desempate de grandes penalidades depois de o jogo ter estado empatado a uma bola. A Selecção do Quénia que entrou a ganhar foi a primeira a marcar no minuto 30 por intermédio de Neddy Okoth e Barbra Banda empatou pelo lado da Zâmbia aos 73 minutos obrigando que o resultado fosse decidido no desempate de grandes penalidades.

O máximo que a selecção da Zâmbia conseguiu alcançar nestas competições foram duas medalhas de bronze. Tal feito foi conseguido em 2002, ano em que a COSAFA inaugurou a primeira edição deste torneio. Nessa época as zambianas venceram o Malawi por 8-0 e o Lesoto (3-1), tendo curiosamente perdido nas meias-finais para a África do Sul por 3-1.

A vitória diante de Moçambique por 2-1 permitiu que a Zâmbia levasse consigo a sua primeira medalha de bronze.

Cinco anos depois (2006) as Chipolopolos tiveram que conformar-se de novo com a medalha de bronze depois de golearem a Suazilândia por 7-0 e de terem empatado diante da Namíbia por 2-2. A Zâmbia viria bater nas meias-finais a sua similar do Zimbabué por 2-1. Os anos de 2008 e 2011 foi de má memória para as zambianas visto que foram eliminadas precocemente na fase de grupos.

A selecção do Quénia que participou no torneio na qualidade de convidada deixou bem claro, que o objectivo da sua presença neste torneio passa por conquistar o troféu e escrever o seu nome nos anais da história da COSAFA.

O jogo

A implacável defesa da selecção do Quénia não permitia espaços de manobras para a equipa contrária fazer as suas incursões. A dupla defensiva Nixon Sikobe e Ogiro Dorris fechavam por completo as linhas de passe das atacantes contrárias. Nem os constantes rasgos de Barbra Banda, a melhor marcadora do conjunto zambiano levavam perigo à baliza contrária.

A clarividência e o pragmatismo demonstrado pela equipa da África Ocidental, que participou no torneio na qualidade de convidada foi notória logo nos minutos iniciais . Com um meio campo forte e consistente, as jogadoras velozes da selecção do Quénia chegaram ao golo no minuto 30 por intermédio da avançada Neddy Okoth, que já conta com oito golos.

Esta aproveitou-se da displicência protagonizada pela guarda-redes contrária, Catherine Musonda roubando a bola que caminhava caprichosamente para as suas mãos. Foi um golo que galvanizou o Quénia em todos os aspectos.

Foi com a vantagem no marcador que a equipa do Quénia saiu ao intervalo. No reatamento, as zambianas empataram por intermédio de Barbra Banda aos 73 minutos. O resultado só foi decidido através da lotaria de grandes penalidades. Lembrar que a equipa do Quénia que perdeu nas meias-finais diante do Zimbabué por 4-0, fez um percurso em pleno tendo terminado a fase de grupos com nove pontos.

A maior vitória conseguida pela equipa de Richard Kanyi foi diante da selecção das Maurícias. A inexperiente equipa das Maurícias não resistiu a fúria das quenianas que não pouparam as suas adversárias impondo a pesada derrota (11-0) até aqui registada na prova.

A capitã das Maurícias, Marie Rassoi teve a infelicidade de marcar na sua própria baliza no primeiro minuto de compensação. Neddy Okoth, melhor marcadora do Quénia e agora com oito golos no torneio, ajudou a sua equipa marcando quatro dos seis golos.

No seu histórico a equipa queniana ostenta uma medalha de prata conseguida em 2016 ao perder (2-1) na final diante da Tanzânia no Troneio Regional da região centro africana. O técnico queniano Richard Kanye, que entrou em substituição de David Ouma, este último que assume as funções de director técnico da federação queniana de futebol tem feito um trabalho notável no futebol feminino.

Lembrar que amanhã as selecções femininas de futebol da África do Sul e do Zimbabué irão protagonizar a final do Torneio da COSAFA num encontro que irá acontecer no Barbourfields as 15h:00 horas.