A Selecção da Zâmbia e das Maurícias disputarão a final da Taça COSAFA, que terá lugar neste domingo, pelas 15:00h, horas locais, no Stade Saint Francois, em Port Louis, nas Ilhas Maurícias diante. Os dois conjuntos venceram hoje, nas meias-finais as selecções do Malawi e da África do Sul, curiosamente pelo mesmo resultado (2-0). Outro facto curioso é que os autores dos golos, por parte dos dois conjuntos bisaram, Martin Njobvu marcou pela Zâmbia nos minutos 3 e 7 e Louis Mitraille pelas Maurícias (45+7’ e 65’).
Deste modo, o Malawi e a África do Sul medirão forças entre si no jogo referente a atribuição de terceiro e quarto lugar, também neste domingo, no Stade Saint Francois Xavier as 12:00h, horas locais.
A vitória das Maurícias sobre a África do Sul foi a surpresa do dia tendo em conta que os sul-africanos entraram para este evento como os favoritos para à conquista do título que a muito lhes foge. Pela primeira vez na sua história do futebol local, os insulares lograram em chegar a uma fase final mercê do trabalho árduo que o país tem vindo a desenvolver no que a as camadas de formação diz respeito. Este será sem dúvida um momento ímpar para as Maurícias se imporem e escrever o nome do seu país em letras douradas na COSAFA.
Já os sul-africanos que terminaram a fase de grupos com seis pontos depois de terem vencido na última jornada a formação de Madagáscar por 5-3, não tiveram argumentos suficientes para contrariar a hegemonia dos caseiros.
Lembrar que no ano passado os treinados de Molefi Ntseki, técnico da África terminaram a fase de grupos em pleno tendo vencido os três jogos saldando um total de nove pontos. E foi também com este adversário que a equipa sul-africana perdeu na final no desempate das grandes penalidades, por 1-3, depois de um empate a uma bola no período regulamentar.
Triste sina para a nação arco-íris que voltou a ver o seu sonho a cair por terra, uma vez mais nas meias-finais!
Njobvo iguala a Banda
Lameck Banda (Zâmbia), Martin Njobvu (Zâmbia)
Zambia e Malawi, uma final antecipada. Quis o destino que estas duas selecções cruzassem-se nas meias-finais. Por um lado uma Zâmbia que entrou disposta a resgatar o seu bom nome depois de no ano passado ter sido desqualificada por ter usado jogadores com idades falsificadas, por outro estava o Malawi que veio revigorado e com intenções de levar um título que lhe escapou das mãos no ano passado. E foi neste jogo que o atacante Martin Njobvu igualou o número de golos (cinco) ao seu colega de equipa Lameck Banda, este último que até então liderava a lista dos melhores marcadores.
Depois de ter cumprido a fase de grupo em pleno com um total de nove pontos, frutos de três vitórias e sem conhecer o sabor da derrota, a Selecção do Malawi voltou a cair nas meias-finais reeditando o cenário vivido no ano passado (2016) em que perdeu frente Namíbia por 5-6, no desempate das grandes penalidade depois de o resultado ter empatado a uma bola no tempo regulamentar. Aliás, o Malawi viria a ficar com a medalha de bronze depois de conquistar a terceira posição no torneio a custa de uma vitória obtida frente ao Kenya por 2-0, no jogo referente a atribuição de terceiro e quarto lugar.
Realçar que na primeira jornada a Zâmbia impôs uma goleada histórica a sua similar da Madagáscar ao vencer por claros 7-1, tendo Lameck Banda marcado três golos (9’, 31’ e 37’) sendo que os restantes foram apontados por Martin Njobvo e Kingsley Hakwiya, nos 19,42 e 31 respectivamente.
Depois de ter sido desqualificada no ano passado por ter utilizado atletas com idades superiores a 17 anos, os zambianos entraram dispostos em limpar a sua imagem e ganhar jogos com verdade desportiva . Como forma de desencorajar actos que em nada dignificam o futebol, a COSAFA apertou o cerco tendo obrigado que os atletas zambianos efectuassem testes de ressonância magnética para apurar a veracidade da idade dos jogadores. Contudo, a Zâmbia à semelhança da África do Sul, é apontada como sendo uma das principais favoritas a conquista da Taça.