África do Sul conseguiu carimbar o passaporte para a final que envolverá as equipas que foram afastadas da corrida pela conquista do título logo nos seus primeiros jogos, a contar para os quartos-de-final da prova, favoritos esses que incluem o Botswana, Namíbia e a anfitriã África do Sul. Os anfitriões venceram o Botswana por 2-0 com os golos a serem apontados por Norodien Riyaad e Judas Moseamedi nos minutos 37 e 90+3 respectivamente.
Nessa ordem de ideias os sul-africanos farão a final diante da Namíbia que derrotou tangencialmente a Suazilândia esta última (1-0) que se apresentou muito abaixo do que nos mostrou no jogo frente ao Zimbabwe nos quartos-de-final, em que perdeu por 1-2. Namíbia marcou aos 56 minutos por Roger Katjite, altura essa que a equipa decidiu acordar e fazer o espectáculo.
A Namíbia provou hoje que a saída precoce na corrida ao título foi um mero acidente de percurso. A incontestável vitória sobre a Suazilândia por 1-0, deixou bem claro que a disputa pelo quinto lugar será renhida e que a África do Sul que se cuide sobretudo com as incursões de Deon Hotto, médio ofensivo do Bloemfontein Celtic que deixou recomendações claras aos Bafana Bafana.
De recordar que a África do Sul foi eliminada pela Tanzania (0-1), a Namíbia por Lesoto (4-5) no desempate de grandes penalidades, e a Suazilândia pelo Zimbabwe, diga-se de passagem um forte candidato a discutir pelo título. Enquanto que Botswana caiu aos pés da temível Zâmbia por 2-1.
Lembrar que a competição entre perdedores dos quartos-de-final foi introduzida em 2013, na edição acolhida pela Zâmbia, tendo sido Moçambique o vencedor, ou seja, a melhor posicionada entre os eliminados.
Realçar que a ideia é dar oportunidade de fazer mais jogos às equipas eliminadas nos quartos-de-final, que doutro modo fariam um jogo e regressariam à proveniência. Uma inovação que foi bem acolhida pelos participantes, até porque o espírito que norteou a criação da Taça Castle é mesmo dar rodagem internacional às selecções, preferencialmente compostas por jogadores que buscam experiência internacional.
Os vencedores dos jogos da terça-feira vão disputar mais um jogo (final), sexta-feira, cujo vencedor receberá um troféu e será a quinta melhor selecção do evento. O vencido será a sexta melhor selecção. Os vencidos encontram-se entre si para o apuramento da 7ª e 8ª selecção do evento.
Para dizer que neste momento apenas quatro equipas concorrem à conquista da Taça Cosafa, nomeadamente Zâmbia, Tanzania, Lesoto e Zimbabwe , cujas meias-finais terão lugar na quarta-feira (amanhã), com a Zâmbia a defrontar a Tanzania, às 17.00 horas, no Moruleng Stadium, mas a anteceder esse jogo medirão forças entre si o Lesoto e o Zimbabwe, às 19:30
ainda não foi desta botswana…
Quis uma vez mais o destino fazer das suas. A história repetiu-se naquele que foi o quarto encontro entre a formação do Botswana e da África do Sul. Em 2015 as “Zebras”, nome de guerra dos tsuanas vergaram nos quartos-de-final no desempate de grandes penalidades por 7-6, depois de o resultado ter estado empatado sem abertura de contagem. Foi um anos depois, na Namíbia que as “Zebras” deixaram o título fugir ao perder na final por 2-3, para África do Sul que somava assim o seu quarto título nesta competição. Volvido um ano, as duas selecções reencontram-se em contextos diferentes mas com objectivos comuns, vencer a prova. Porém, a vitória voltou a sorrir para os sul-africanos que conseguiram manter a tradição…
O golo marcado pela África do Sul no minuto 32, por intermédio de Norodien Riyaad, disfarça as lacunas apresentadas no primeiro quarto de hora, em que as duas equipas exibiram um futebol pobre e descaracterizado.
Os Bafana Bafana que tinham por obrigação vencer depois da desilusão frente a Tanzania, em que vergaram por 1-0, deixando cair por terra a esperança de revalidar o título denotaram inúmeras lacunas a começar pela insegurança e alguns momentos de displicência protagonizados pelo guarda-redes sul-africano, Bruce Byuma. Quem não soube tirar proveito desses deslizes foi o Botswana que também não conseguia construir jogadas que pudessem levar algum perigo à baliza contrária.
Foram praticamente trinta minutos de um espectáculo que esteve muito aquém do desejado, até que sete minutos depois, Riyaad Norodien decide quebrar o gelo marcando a favor da equipa anfitriã e quebrando o degelo que caracterizava o desafio. Foi com o nulo que os dois conjuntos recolheram aos balneários.
De resto foi uma partida caracterizada por muitas paragens e com muito contacto físico entre os atletas. Aliás, dada a tensão do próprio desafio, o técnico sul-africano Stuart Baxter foi expulso do campo alegadamente por ter trocado mimos com o quarto árbitro moçambicano, Olívio Saimone.
Após o reatamento do jogo, ainda com o ritmo apresentado na primeira etapa, foi a África do Sul quem mais vezes ameaçou chegar à baliza contrária até que no último minuto (dos três) de compensação, Judas Moseamedi fecha as contas marcando o segundo golo para os Bafana Bafana, diga-se acabou servindo como antídoto para minimizar a dor da saída precoce da corrida rumo a revalidação.
Nos quatro confrontos existentes entre estes conjuntos a África do Sul venceu dois, cedeu igual número de empates tendo saldado um total de cinco golos contra três do Botswana.
Referenciar que a formação do Botswana perdeu 2-1 para a Zâmbia na disputa dos quartos-de-final este ano, enquanto a África do Sul foi derrotada por 1-0, pela nação convidada da África Oriental Tanzânia. A África do Sul e o Botswana cruzam-se pela décima vez nesta competição, com os Bafana Bafana saindo-se vitoriosos em seis ocasiões e as outras quatro terminando em empates.
Os Bafana Bafana perderam suas duas últimas partidas internacionais consecutivas depois de uma derrota frente a Zâmbia por 2-1, numa partida de carácter particular. A África do Sul concedeu apenas sete golos em 16 jogos em casa na COSAFA Castle Cup enquanto que o Botswana ganhou apenas seis dos seus 34 jogos na COSAFA Castle Cup, um índice de vitórias de 18 por cento.