A Tanzania protagonizou um acto histórico na COSAFA CUP ao afastar hoje, nos quartos-de-final, o detentor do título, África do Sul, por 1-0, na corrida para a conquista do almejado troféu. O herói deste feito foi o atacante Elias Maguri que marcou o golo solitário aos 18 minutos da partida. Com este resultado os Tanzanianos farão o jogo das meias-finais diante da Zâmbia, esta última que venceu ontem o Botswana por 2-1. O encontro para este jogo está agendado para o dia 5 de Julho, pelas 17: 00 horas locais, no Moruleng Stadium.
Quem também não deixou os seus créditos em mãos alheias foi a selecção do Zimbabwe que venceu de forma suada a sua congénere da Suazilândia por 2-1, depois de ter estado a vencer até aos 47 minutos. A bravura dos suazis fez com que estes acreditassem tendo chegado ao empate no minuto 48 por intermédio de Felix Badenhorst (47’).
Correndo a atrás do prejuízo o Zimbabwe chegou ao golo da vitória por intermédio de Knox Mutizwa quem entrou a substituir Prince Dube aos 66 minutos e a colocar os “guerreiros” na meia-final. Deste modo o Zimbabwe encontrará na meia-final o Lesoto. O encontro está agendado para esta quarta-feira, as 19:30 horas, no Moruleng Stadium. De recordar que o Lesoto afastou a Namíbia da corrida ao título no desempate através das grandes penalidades por 4-5, depois de ter estado a empatar no tempo regulamentar.
Recordar que no confronto existente entre a Suazilândia e o Zimbabwe, dos cinco jogos até aqui realizados, os “Guerreiros” do Zimbabwe estão em vantagem com duas vitórias, igual número de empates e uma derrota tida a 08 de Julho de 2001, em Harare, por 0-1.
bafana-bafana reeditam o pesadelo de 2015
Estava mais do que claro que a pressão do jogo recaía para o lado dos sul-africanos, por razões óbvias. A primeira de todas era a luta pela revalidação do título. A segunda porque jogando em casa e com o advento de poder contar com o apoio do seu público, a transição para as meias-finais era mais do que um imperativo, mas sim uma questão de honra. Todos os olhos da nação arco-íris estavam postos neste desafio daí que os filhos de Madiba estavam proibidos de entregar o ouro ao bandido. Debalde, a África do Sul não teve argumentos para contrariar o favoritismo da Tanzania.
Este cenário reedita a má memória vivida em 2015, quando a anfitriã África do Sul, quatro vezes campeã (2003, 2007, 2008 e 2016), também viu o sonho de igualar as selecções com quatro títulos ganhos, ao vergar perante o ímpeto do Botswana, nos quartos-de-final, que com 0-0 no tempo regulamentar saiu-se bem na sempre difícil lotaria das grandes penalidades, vencendo por 7-6. Mas vamos a história do jogo!
Recorde-se que os anfitriões que estiveram isentos da fase de grupos por conta da sua posição no ranking da FIFA à semelhança da Zâmbia, Namíbia, Lesoto, Botswana e Suazilândia.
O público fazia a sua parte proporcionando momentos de alegria e festa e unidos pelo espírito de fair-play.
Como nota prévia é preciso clarificar que este foi o primeiro encontro na história destes dois conjuntos pelo menos ao nível da COSAFA. Aliás, a Tanzania marca a sua presença neste torneio na qualidade de convidada. Um verdadeiro outsider que faltou respeito ao detentor do título.
Quando tudo parecia que saia a contento a África do Sul foi surpreendida ao ver a Tanzania a abrir o activo no minuto 18 por intermédio do atacante Elias Maguri que teve inteligência e de se desembaraçar dos defesas contrários numa jogada de contra ataque marcando sem grandes dificuldades para o 1-0. Foi um autêntico balde de água fria aos adeptos da África do Sul que tiveram que aturar a ruidosa claque Tanzaniana a fazer a festa!
A raça e atitude combativa demonstrada pelos treinados de Salum Mayanga foi crucial para se imporem perante o detentor do título moribundo.
Os “Bafana- Bafana” reagiram, mas a eficácia não se fazia sentir por parte dos atacantes em particular. A todo custo a equipa de tudo fez para sair ao intervalo com o marcador igualado, facto que não chegou a consumar-se porque a Tanzania em nenhum momento tremeu.
À entrada para a segunda parte os tanzanianos não vergaram e mantiveram o mesmo ímpeto ofensivo com que entraram na primeira etapa. A equipa de Stuart Baxter não conseguia encontrar soluções imediatas para se desfazer o labirinto em que se encontrava. O estado anímico dos tanzanianos sempre foi estável conseguindo manter e controlar os índices de ansiedade.
Quem não conseguiu controlar o seu estado emociona foi a África do Sul que agia mais com o coração do que a cabeça.
A África do Sul este bem próximo do golo quando estavam transcorridos 79 minutos da contenda. Judas Moseamed viu a ser negado o seu golo quando este foi tirado na linha do golo por um dos centrais contrários. Dez minutos depois Lorenzo Gordinho desperdiça a oportunidade de empatar e forçar com que o resultado fosse decidido no desempate de grandes penalidades. Mesmo com os quatro minutos extras a África do Sul não conseguiu reverter o cenário desiludindo os seus adeptos.
No cômputo geral, a vitória da equipa ocidental de África foi da crença e determinação e provando que a que a fé remove montanhas.
Namíbia e África do Sul Disputam a
atribuição que quinto e sexto lugares
Depois de um dia de descanso, a Taça COSAFA voltará à ribalta esta terça-feira, com dois jogos envolvendo favoritos que o destino quis que fossem eliminados da rota da conquista do título logo nos seus primeiros jogos, a contar para os quartos-de-final da prova, favoritos esses que incluem o Botswana e a anfitriã África do Sul.
De acordo com o formato da competição que as quatro equipas que perderam nos quartos-de-final devem jogar entre si para o apuramento da 5ª,6ª,7ª e 8ª selecção na hierarquia da premiação, pelo que na quinta-feira teremos as meias-finais entre essas equipas, cuja final será no domingo, 909 de Julho de 2017.
Portanto, ainda na terça-feira às 17.00 horas teremos a primeira meia-final entre o Botswana e a África do Sul, que vai acontecer no Moruleng Stadium, para logo a seguir, no mesmo recinto, às 19.00 horas, se baterem a Namíbia e Suazilândia.
De recordar que a África do Sul foi eliminada pela Tanzania (0-1), a Namíbia por Lesoto (4-5) no desempate de grandes penalidades, e a Suazilândia pelo Zimbabwe, diga-se de passagem um forte candidato a discutir pelo título.
Esta competição entre perdedores dos quartos-de-final foi introduzida em 2013, na edição acolhida pela Zâmbia, tendo sido Moçambique o vencedor, ou seja, a melhor posicionada entre os eliminados.
Realçar que a ideia é dar oportunidade de fazer mais jogos às equipas eliminadas nos quartos-de-final, que doutro modo fariam um jogo e regressariam à proveniência. Uma inovação que foi bem acolhida pelos participantes, até porque o espírito que norteou a criação da Taça Castle é mesmo dar rodagem internacional às selecções, preferencialmente compostas por jogadores que buscam experiência internacional.
Os vencedores dos jogos da terça-feira vão disputar mais um jogo (final), sexta-feira, cujo vencedor receberá um troféu e será a quinta melhor selecção do evento. O vencido será a sexta melhor selecção. Os vencidos encontram-se entre si para o apuramento da 7ª e 8ª selecção do evento.
Para dizer que neste momento apenas quatro equipas concorrem à conquista da Taça Cosafa, nomeadamente Zâmbia, Tanzania, Lesoto e Zimbabwe , cujas meias-finais terão lugar na quarta-feira,
com a Zâmbia a defrontar a Tanzania, às 17.00 horas, no Moruleng Stadium, mas a anteceder esse jogo medirão forças entre si o Lesoto e o Zimbabwe, às 19:30