As selecções da África do Sul e do Lesotho irão protagonizar a final do Torneio Sub-20 da Mopani Copper Mines da Cosafa que decorre em Kitwe, Zâmbia desde o dia quatro do mês corrente. O desafio irá acontecer este sábado no Estádio Arthur Davies as 14:00 horas locais. A anteceder a este jogo, equipa do Egipto medirá forças com a sua similar do Uganda, no jogo referente a atribuição de terceiro e quarto lugar. O encontro está marcado para as 10:00 horas no mesmo local.
A África do Sul que fez o pleno no torneio terminou a fase de grupos com um total de nove pontos não deixando nenhuma margem de dúvidas da sua hegemonia venceu tangencialmente o Egipto por 1-0, enquanto que o Lesotho venceu a selecção ugandesa por 6-0, resultado este que só foi conseguido no desempate das grandes penalidades, depois do nulo que prevalecia no tempo regulamentar.
África do sul volta a superiorizar-se
As antes das partidas iniciarem foi concedido um minuto de silêncio em memória da mãe do treinador-adjunto da África do Sul, Helman Nhalele, que perdeu a vida na última quarta-feira, na África do Sul.
Quis o destino que estas duas equipas voltassem a cruzar-se no jogo das meias-finais (África do Sul e Egipto), depois de os filhos de Madiba terem vencido os faraónicos no desfecho da terceira jornada do grupo “B”, por 2-1, terminando o conjunto de Thabo Senong, na primeira posição da tabela classificativa com nove (9) pontos, e o Egipto, segunda melhor classificada de todos os grupos com seis pontos (6).
Diga-se que foi uma partida bastante disputada entre os dois conjuntos, mas a África do Sul foi quem saiu-se bem na fotografia e confirmava assim a sua segunda participação numa meia-final depois de tê-lo feito em 2016, em que perdeu para a Zâmbia por 2-1.
Conhecendo bem o seu adversário, a selecção sul-africana foi quem decidiu tomar as rédeas do jogo saindo em diversas ocasiões em contra-ataque, mas os finalizadores estiveram muito aquém do que se pretendia. Discorridos 34 minutos de jogo nenhuma situação digna de registo as duas formações chegaram a protagonizar.
Luvuyo Mkatshana, avançado dos “Amajita” abriu o marcador no minuto 41 após uma jogada de envolvente na grande área contrária. Mkatshana não teve dificuldades em introduzir o esférico na baliza à guarda de Mohamed Sobhy, depois de uma assistência perfeita do seu colega Cupido.
Os sul-africanos ainda estiveram na eminência de dilatar o marcador a um minuto do fim da primeira parte não fosse o remate desenquadrado com a baliza apontado por Mkatshana. Foi com a vantagem no placard que os representantes país da bandeira com as cores do arco-íris recolheram aos balneários.
No reatamento a equipa de Thabo Senong, timoneiro da selecção da África do Sul demonstrou fidelidade no seu sistema táctico privilegiando a circulação da bola largura de todo terreno apostando num 1x4x4x2. O Egipto que jogava com apenas um avançado (4x2x3x1) não conseguia criar lances de jogadas que pudessem levar perigo à baliza contrária.
Inconformados com o resultado os egípcios recorreram ao antijogo criando várias mazelas aos jogadores da África do Sul, que de tudo fizeram para defender com garras o resultado que sorria a seu favor. Aliás, a situação viria a agravar com a onda de protestos por parte dos oficiais e a equipa técnica que exigiam satisfações no que as decisões da equipa de arbitragem dizem respeito. Contudo o jogo terminou sem ter havido incidentes, até porque a segurança destacada para o efeito sempre esteve em prontidão para qualquer eventualidade.
Lesoto volta a surpreender
Não foi tão fácil como a selecção do Uganda nalgum momento poderá ter pensado. O Lesotho não foi uma pêra doce. Nem a descarga atmosférica intensa que se faz sentir em Kiwe, o que para os locais é normal, foi capaz de impedir que as duas equipas lutassem para sair do campo com o apuramento garantido. Foi uma partida em que as duas formações estiveram pressas aos sistemas tácticos e jogando no limite do erro.
Ainda assim, foi o Lesotho quem mais oportunidades flagrantes de golo teve a sua mercê mas que não soube tirar o devido proveito. O resultado do jogo viria a ser decido no desempate através da lotaria das grandes penalidades.
Lesotho que pode ser considerado um outsider ousado, que até então nunca havia chegado a uma meia-final e que surpreendeu pela positiva ao criar dificuldades a colossos como o Zimbabwe, que foi afastado da luta pela conquista o troféu. Os representantes do Lesotho venceram ainda a sua congénere da Namíbia por 2-1, na segunda jornada conquistando dessa forma quatro pontos.
A equipa do Lesoto que sempre foi eliminada nas primeiras rondas, pelo menos desde ao ano em que aderiu a competição (2009), celebrou o apuramento como se de uma final se tratasse.